Acessibilidade para pessoas com deficiência visual: uma análise de parques urbanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Queiroz, Virginia Magliano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde-21102014-173356/
Resumo: Os parques são espaços de lazer essenciais para convivência e interação na sociedade, sendo locais públicos, que devem oferecer igualdade de possibilidades e utilização por todos, não segregando ou excluindo. Mas, na realidade, os parques públicos urbanos brasileiros ainda não dispõem de condições básicas para o deslocamento seguro e autônomo das pessoas com deficiência visual. Por meio desta pesquisa, objetivou-se identificar as restrições que o ambiente impõe a esse grupo de indivíduos, bem como conhecer suas necessidades, habilidades e limitações, compreendendo a sua percepção do espaço, e identificando a influência dos elementos cognitivos auxiliares dessa percepção. Buscou-se ainda avaliar a eficácia das medidas de acessibilidade implantadas em parques urbanos para as pessoas com deficiência visual, analisando a sua relação com estes espaços livres públicos de lazer. Para tal, realizou-se uma revisão bibliográfica aprofundada acerca do tema, atentando para as normas e legislações vigentes; entrevistas com especialistas de outras áreas do conhecimento, como psicólogos, educadores e especialistas em orientação e mobilidade; e contou-se com a contribuição de pessoas com deficiência visual por meio da aplicação de ferramentas como entrevistas, grupos focais, observações participantes, e passeios acompanhados em alguns parques de São Paulo, para a coleta de dados. O estudo pautou-se por uma abordagem qualitativa de pesquisa, cujos resultados ressaltaram a importância dos parques como espaços de lazer para as pessoas com deficiência visual e a atual falta de acessibilidade dos mesmos. Apesar da legislação brasileira, e em especial da cidade de São Paulo, estabelecer a garantia de acesso e utilização dos parques pelas pessoas com deficiência em geral, essa determinação não é cumprida pelo próprio poder público, responsável pelo gerenciamento e manutenção dos parques uranos. E em relação às normas atuais, esta dissertação sugere alguns acréscimos e recomendações para que os parques realmente possibilitem o deslocamento autônomo e independente das pessoas cegas e com baixa visão. Por fim, com a realização desta pesquisa percebe-se que os ambientes muito abertos, amplos e com muitas pessoas são naturalmente complicados para as pessoas com deficiência visual, mas é possível deixá-los totalmente acessíveis para este público-alvo, e é algo necessário, visto que esta parte da população demonstrou grande interesse e deve ser incluída plenamente nos espaços públicos em questão.