Avaliação da infecção de pintainhos de corte por Salmonella Heidelberg contendo deleção no gene ttra, ttrapdua e ttracbs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Goes, Vinicius
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239662
Resumo: Salmonella Heidelberg (SH) é uma enterobactéria que pode afetar frangos comerciais, ocasionando prejuízos econômicos relevantes na avicultura, além de ser uma séria preocupação para a saúde pública em escala global. Após a colonização do intestino, Salmonella spp. faz uso de mecanismos associados às Ilhas de Patogenicidade (SPI), modificando o microambiente, e consequentemente induzindo uma resposta inflamatória benéfica para sua sobrevivência. A indução da inflamação, desencadeia a produção do tetrationato que é utilizado como aceptor de elétrons, promovendo novas fontes de carbono em ambiente anaeróbio e, assim, favorendo a multiplicação dessa bactéria. Para utilizar o tetrationato, Salmonella spp. necessita da expressão de genes específicos localizados na SPI-1 e 2, como o ttr, pduA e ttrACBS. Diante do exposto, esse estudo teve como objetivo investigar as consequências da deleção dos genes ttrA, pduA e ttrACBS na infecção de frangos de corte por SH. Foram construídas estirpes de SH mutante (SHΔttrA, SHΔttrApduA e SHΔttrACBS) e sua habilidade em colonizar o intestino das aves e ser excretada foi comparada à estirpe selvagem em dois experimentos. No primeiro foi avaliada a excreção fecal das quatro estirpes por 28 dias após a infecção (dpi), sendo que as estirpes SHΔttrA e SHΔttrApduA apresentaram maior excreção. No segundo experimento, a colonização cecal foi avaliada aos dois, cinco, sete, 14, 21 e 28 dpi, sendo que a estirpe SHΔttrA foi mais isolada aos 21 e 28 dpi, SHΔttrApduA foi menos isolada nos dois e sete dpi e a estirpe SHΔttrACBS não obteve diferenças estatísticas até os 28 dpi, na qual foi menos isolada nesse dia. Os resultados sugerem que mesmo sem a utilização do gene ttrA, ttrApduA e operon ttr, SH ainda foi capaz de colonizar o intestino da ave, possivelmente utilizando uma via alternativa para utilização de aceptores de elétrons.