Desenvolvimento de nanopartículas de zeína contendo repelentes visando controle do mosquito Aedes Aegypti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Miranda, Vanessa Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181834
Resumo: Considerando os danos causados pelas arboviroses disseminadas pelo vetor Aedes aegypti, o Brasil vem sofrendo, porém buscando estratégias de combate a tal realidade, uma vez que teve um custo total de R$ 2,3 bilhões, apenas no ano de 2016, distribuídos no combate ao vetor, em inseticidas e larvicidas e nos custos diretos e indiretos. Valor esse, correspondente a cerca de 2 % do montante investido na Saúde no mesmo ano. Esse quadro ressalta a necessidade de novas ações e táticas na procura de minimizar a situação, como a elaboração de repelentes que possuam um sistema mais efetivo no combate do vetor responsável pela disseminação do vírus Zika, da Dengue, do Chikungunya e da Febre Amarela. Hoje, sabe-se que um dos ativos repelentes mais eficientes é a icaridina, porém, ela pode causar intoxicação nos organismos não alvos. Também, tem-se o geraniol, que é um ativo de origem botânica, bastante eficaz em sua atuação repelente. E, na busca de aprimorar a ação dos ativos, existe a opção da utilização de sistemas de liberação lenta, o que resulta no aumento da faixa de efeito biológico do ativo de interesse, devido ao prolongamento da liberação do mesmo. No entanto, nota-se a existência de intensa preocupação e responsabilidade na elaboração de sistemas que, além de se mostrarem mais eficientes, sejam, também, focados na diminuição de possíveis mecanismos de resistência que o vetor possa desenvolver. Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo o desenvolvimento de sistemas de liberação sustentada com o emprego de nanopartículas de zeína em uma mistura que contém a icaridina e o geraniol, encapsulados individualmente. Ressaltando que se realizou o estabelecimento de concentrações que fossem mais eficazes e, possivelmente, menos tóxicas em organismos não alvos. Para tanto, foram acompanhadas durante o período de tempo de sessenta dias as características físico-químicas das formulações, como, potencial zeta, polidispersão, eficiência de encapsulação, diâmetro, além da cinética de liberação, acompanhada por 40 horas. Assim, se obteve uma eficiência de encapsulação individual de cada ativo, de 98 e 80 % para formulações que continham geraniol e icaridina, respectivamente. Salienta-se, que o tamanho médio inicial foi de 206 ± 4 nm, e o potencial zeta positivo para todas as formulações, com índice de polidispersão em torno de 0,2 a 0,4. Os resultados da cinética de liberação mostraram que as formulações possuem uma intensa liberação inicial, com uma liberação sustentada com o decorrer das horas, fazendo-se adequada à finalidade de um repelente nanoencapsulado, garantindo eficiência imediata e ao longo do tempo de ação. Assim, observa-se que as nanoformulações com os dois ativos se mantiveram estabilizadas no tempo de acompanhamento de 60 dias, o que indica que a zeína é uma efetiva opção no carreamento dos ativos combinados.