Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Natalia Romano Ferreira dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/244084
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Resumo: |
O aumento de temperatura nos corpos d’água doce em decorrência de eventos climáticos pode ultrapassar o limite térmico de algumas espécies animais ectotérmicas, causando alterações metabólicas e ionorregulatórias, como nas taxas de consumo de oxigênio, excreção de nitrogênio e fluxo iônico, podendo levar os animais à morte. Além da temperatura alta, rios e riachos possuem diferentes características limnológicas, com ambientes de águas claras e pretas, que apresentam diferenças no pH e na concentração de carbono orgânico dissolvido (COD), o que também interfere no metabolismo animal. A cidade de Itanhaém tem uma rica hidrografia, com rios e riachos de águas pretas e claras, e uma fauna aquática endêmica distribuída em grande parte de seu território, como os camarões Macrobrachium potiuna e Macrobrachium acanthurus e os peixes Scleromystax macropterus, Scleromystax barbatus e Phalloceros reisi. Assim, este estudo avaliou os efeitos do aumento da temperatura da água de origem sobre as respostas metabólicas e ionoregulatórias dessas espécies, verificando a influência do tipo de água de riachos da bacia do Rio Preto (Itanhaém/SP) sobre essas respostas. O experimento foi realizado em laboratório, separadamente para cada espécie, sendo M. potiuna, S. macropterus e P. reisi em água preta e M. acanthurus, S. barbatus e P. reisi em água clara, utilizando três temperaturas de aclimatação, duas de ocorrência nas águas dos riachos (22 ºC e 26 ºC) e uma reproduzindo a situação de extremo climático do IPCC 2021 (SSP3-7,0) (30 ºC), às quais os animais foram submetidos de 4 a 7 dias. O consumo de oxigênio (metabolismo de rotina; MO2), a excreção de amônia (JAmm), o uso de proteínas e os fluxos líquidos de Na+ (JNaNet) e Cl- (JClNet) foram determinados para o tempo de exposição de 2 horas em cada condição experimental de temperatura. O MO2 de M. acanthurus e P reisi, o JAmm das espécies de camarão e de P. reisi, o uso de proteínas de M. acanthurus e S. barbatus e o JNaNet de S. macropterus apresentaram aumento, acompanhando o aumento da temperatura. As espécies de água clara M. acanthurus e P. reisi foram as mais responsivas para todos os parâmetros avaliados em função do aumento de temperatura, exceto JClNet, o qual não apresentou alterações significativas em nenhuma condição experimental. Esses resultados demonstram que os animais de água clara da bacia do Rio Preto são mais responsivos ao aumento de temperatura, se tornando mais suscetíveis às alterações de regimes térmicos causados por emergências climáticas. |