Efeitos de esterco bovino em atributos químicos e físicos do solo, produtividade de milho e créditos de nitrogênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Marcio Silveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154592
Resumo: O esterco bovino, além de fornecer nutrientes, quando utilizado repetidamente e/ou em grandes quantidades, pode melhorar outros atributos químicos e físicos do solo. Porém, um dos grandes desafios na sua utilização é estimar a quantidade de N que é fornecida durante o ciclo das culturas. Os objetivos com este trabalho foram determinar as alterações nos atributos químicos e físicos do solo, a produtividade de milho e os créditos de nitrogênio derivados da aplicação de esterco bovino e de seu efeito residual. Para alcançá-los foram conduzidos, simultaneamente, dois experimentos, no município de Jaboticabal-SP, em Latossolo Vermelho eutroférrico muito argiloso, durante os anos agrícolas 2011/12; 2012/13; 2013/14 e 2014/15. Ambos os experimentos foram conduzidos em blocos casualizados com quatro repetições. Um dos experimentos foi conduzido para determinar a curva de resposta da cultura do milho ao N, e por meio desta calcular os créditos de nitrogênio provenientes da aplicação do esterco. Para isso, foram aplicadas as doses 0, 60, 90, 120, 180 e 240 kg ha-1 de N-ureia. No outro experimento foram avaliados os efeitos no solo e na planta da aplicação de 0, 5, 10, 15, 30, 45 e 60 Mg ha-1 de esterco bovino e de seu efeito residual, sendo a aplicação do adubo realizada apenas nos dois primeiros anos. Houve melhoria nos atributos químicos do solo pela aplicação de esterco bovino, e a duração dos efeitos foi variável, de modo que para os nutrientes (P, Ca2+, Mg2+ e K+) houve efeito residual e para as variáveis relativas à acidez do solo (pH e H+Al) o efeito não persistiu após a interrupção da aplicação. O teor de carbono orgânico do solo aumentou linearmente com o aumento das doses de esterco, o que levou ao aumento no diâmetro médio dos agregados e na macroporosidade, e diminuição na densidade, mesmo após a interrupção da aplicação do esterco por dois anos e em solo manejado de forma mecânica anualmente. A aplicação de até 60 Mg ha-1 de esterco bovino durante dois anos consecutivos propiciou aumentos na produtividade de grãos de milho nos dois anos de aplicação e nos dois anos de avaliação do efeito residual, sendo que a produtividade média nos anos de aplicação de esterco foi 59% maior. Os créditos de N devidos à aplicação de esterco bovino variaram de 5 a 122 kg ha-1 de N considerando aplicação e efeito residual do adubo e os maiores créditos foram obtidos com a aplicação de 30, 45, 60 e 60 Mg ha-1, respectivamente no primeiro, segundo, terceiro e quarto anos de avaliações.