Variabilidade da frequência cardíaca na avaliação da inflamação em equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodriguez, Ivan Dario Martinez [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/260815
http://lattes.cnpq.br/1887047372438923
https://orcid.org/0000-0002-7164-604X
Resumo: Os cavalos, como animais de presa, desenvolveram mecanismos para mascarar sinais de dor e estresse, o que dificulta sua identificação precoce e representa um desafio clínico significativo. A dor, uma experiência sensorial e emocional associada a dano tisular, é um indicador vital do bem-estar físico e emocional. Para diagnosticar e monitorar a dor em equinos, ferramentas não invasivas são essenciais, permitindo avaliar estados fisiológicos, inflamatórios e neurológicos, além de verificar a eficácia de tratamentos analgésicos e prevenir a progressão de condições agudas para crônicas. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) destaca-se como um marcador útil, refletindo a interação entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático, além de alterações nos intervalos RR. Mudanças na VFC indicam respostas autonômicas ao estresse e à dor, contribuindo para uma gestão mais precisa e ética do bem-estar equino. O objetivo deste estudo foi caracterizar a VFC em cavalos com quadro de dor ortopédica transitória. Utilizaram-se 6 equinos distribuídos aleatoriamente em um ensaio do tipo 'crossover', com dois grupos experimentais (Controle-GC e Meloxicam-GM). Induziuse sinovite transitória na região do carpo intermediário por meio da administração intra-articular de lipopolissacarídeo (LPS) oriundo da E. coli 055:B5, na dose de 10 unidades, sendo que o grupo GM foi premedicado com 0,6 mg/kg de meloxicam. Em seguida, a VFC foi avaliada durante 5 ou 30 minutos em seis etapas: M0, M2, M4, M8, M24 e M48 horas após a aplicação do LPS. Os dados de VFC foram processados no software Kubios. Aplicou-se análise de variância para medidas repetidas no tempo, seguida pelo teste de Tukey (P < 0,05). Houve alteração nas variáveis RR, alta frequência (HF) em unidades normalizadas (n.u.), baixa frequência (LF), relação entre baixa frequência (LF) e alta frequência (HF) LF/HF (ms²), transformada rápida de Fourier da baixa frequência (FFT-LF, n.u.), transformada rápida de Fourier da alta frequência (FFT-HF, n.u.), ix transformada rápida de Fourier da alta frequência (FFT-HF, ms²) e transformada rápida de Fourier da relação entre baixa frequência (LF) e alta frequência (HF) FFTLF/HF (ms²). A elevação na HF pode indicar maior tônus simpático, refletindo um possível cenário doloroso. A média elevada dos intervalos RR e LF indica predominância do tônus simpático e eficácia do meloxicam no controle da inflamação e dor. A VFC, tanto no domínio da frequência quanto no domínio do tempo, pode estimar o controle da dor em equinos submetidos à indução transitória de sinovite.