Análise do controle autonômico cardíaco em indivíduos com paralisia cerebral praticantes de bocha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Leonardo de Oliveira e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1091
Resumo: A paralisia cerebral (PC) está ao longo da vida relacionada ao surgimento de doenças crônicas não transmissíveis e a disfunções do sistema nervoso autônomo. O enfoque no estudo do balanço simpatovagal está aumentando com o tempo, e seu comportamento em pessoas com PC é importante para avaliar a possibilidade de doenças cardíacas. Como possibilidade de exercício físico, a Bocha é considerada uma excelente intervenção como meio de se manterem ativos e como prática esportiva para esta população, mesmo para casos com maior comprometimento. Sendo assim, nosso trabalho objetivou avaliar o comportamento da modulação autonômica cardíaca em atletas de Bocha com PC. Quarenta e cinco voluntários de ambos os sexos com idade de 26,5 ± 1,7 anos e índice de massa corpórea (IMC) de 24,1 ± 1,4 Kg/m2 foram alocados em 3 grupos de acordo com as características de cada indivíduo, sendo um grupo controle (CON), composto por 15 indivíduos com desenvolvimento motor adequado, grupo PC sedentário (PCs), composto por 15 indivíduos com diagnóstico clínico de PC e que não realizavam nenhum tipo de atividade física e o grupo PC Bocha (PCB), composto por 15 indivíduos com diagnóstico clínico de PC praticantes assíduos de Bocha. Perfil antropométrico, parâmetros hemodinâmicos e autonômicos cardíacos foram mensurados em repouso. Evidenciou-se uma maior bradicardia de repouso no grupo PCB e CON em comparação ao grupo PCs (p<0,01). A pressão arterial diastólica e média foram superiores no grupo CON comparado ao grupo PCB (p<0,05 e p<0,01), respectivamente. Ambos os grupos PCB e CON evidenciaram menores valores do duplo produto quando comparado ao grupo PCs (p<0,01). Os índices referentes a modulação parassimpática cardíaca foram significativamente maiores nos grupos PCB e CON em relação ao grupo PCS (p<0,01). A atividade simpática no coração se mostrou maior no grupo PCs do que nos grupos PCB (p<0,01) e CON p<0,01. Constatamos uma moderada e negativa correlação entre o aumento da modulação parassimpática cardíaca e a redução da frequência cardíaca de repouso (r = -0,662; p<0,01) no grupo PCB em comparação ao grupo PCS. Podemos concluir que a prática regular de Bocha reduz a atividade simpática e eleva a atuação parassimpática sobre o coração de indivíduos com PC, sendo esse considerado ser um mecanismo cardioprotetor e seguro.