Variabilidade espacial e temporal da concentração de CO2 atmosférico e sua relação com variáveis ambientais na Patagônia Argentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Blas, Juan Carlos Guerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/252299
https://orcid.org/0000-0003-2190-8387
Resumo: A compreensão dos fatores relacionados às emissões de gases de efeito estufa, como o CO2, na Patagônia Argentina, pode contribuir para estabelecer as bases da sustentabilidade nesse ecossistema árido, tão influenciado por atividades antropogênicas quanto por variáveis climáticas. O objetivo deste estudo foi analisar a dinâmica espacial e temporal da concentração de XCO2 na Patagônia Argentina, abrangendo o período de setembro de 2014 a janeiro de 2020. Além disso, buscou-se compreender como o comportamento do CO2 se relaciona com variáveis vegetativas, como NDVI, EVI e SIF, bem como variáveis ambientais, incluindo precipitação, umidade do solo, radiação incidente e evapotranspiração de referência e temperaturas. Também foi analisada a relação entre o XCO2 e as chuvas acumuladas nos meses prévios. Para conduzir esta pesquisa, utilizou-se a concentração média de CO2 na coluna atmosférica (XCO2) obtida a partir das observações do satélite OCO-2 (Orbiting Carbon Observatory-2), além das variáveis ambientais obtidas de fontes de sensoriamento remoto. Os resultados revelam que o valor médio de XCO2 na Patagônia foi de 399,45 ± 0,15 (erro padrão) ppm, com variações de acordo com os cinco grupos espaciais de XCO2 identificados utilizando os valores mensais ao longo do período estudado. O comportamento sazonal do XCO2 na Patagônia Argentina está intimamente relacionado às variáveis da vegetação e climáticas da região. No entanto, o resultado mais importante foi a relação direta e inversa significativa entre o XCO2 e a precipitação acumulada de acordo ao número de meses prévios de chuva. Isso pode estar associado a processos de emissão e captura de CO2 atmosférico, como respiração, fotodegradação e fotossíntese. Essas descobertas têm o potencial de aprimorar na compreensão dos fatores que influenciam as emissões de CO2 em um ambiente árido, o que poderia ser utilizado para desenvolver medidas de mitigação e redução das concentrações de CO2 na atmosfera.