O efeito da hCG, eCG e pFSH sobre as características morfológicas e funcionais do corpo lúteo de cabras após a indução do estro sincronizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Trevizan, Juliane Teramachi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180399
Resumo: O presente estudo testou a hipótese de que a hCG e pFSH estimulam o desenvolvimento folicular e de corpos lúteos, equivalente aos induzidos pela eCG em fêmeas caprinas. Cento e quinze cabras Toggenburg foram dividas e submetidas ao protocolo de curta duração (60 mg MAP, 6 dias; Dia - 8) durante o período sazonal de transição. Cada grupo recebeu 24 hs antes da remoção da esponja 22.5 µg d – cloprostenol e 200 UI eCG, ou 300 UI hCG ou 30 UI pFSH. A dinâmica folicular (n = 85 cabras) foi realizada desde o momento da aplicação da gonadotrofina (Dia – 3) até a detecção da ovulação. O início do estro (Dia 0) foi monitorada para avalição do comportamento estral. As variáveis biométricas e vasculares do corpo lúteo (CL: área, diâmetro, volume, ecogeneidade, heterogeneidade, escore de vascularização e número de pixels coloridos) entre cabras prenhes e não prenhes foram avaliadas em momentos específicos (Dia 5, 8, 13, 18, 23 e 28) pela ultrassonografia bidimensional (Modo B) e Doppler Colorido. O diagnóstico de gestação foi confirmado pela detecção da vesícula embrionária, realizada sobre o Dia 28. O diâmetro do maior folículo no dia da aplicação da gonadotrofina e o tempo para o alcance do diâmetro máximo do folículo dominante foi maior e mais precoce no grupo eCG (P = 0,024 e P = 0,002; respectivamente). Cabras tratadas com eCG e pFSH apresentaram maiores dimensões foliculares (P = 0,003) e hCG, maior número de folículos ovulatórios (P = 0,004) e corpos lúteos (P = 0,0001). A ovulação ocorreu mais rápida no grupo eCG, mas todos os grupos apresentaram tempo similar entre o início do estro e ovulação (P = 0,048). Corpos lúteos de cabras prenhes do grupo hCG apresentaram diâmetro (P = 0,043) e volume (P = 0,046) menores sobre o Dia 18 (P = 0,001). A ecogeneidade do CL de cabras prenhes foi alta em todos os grupos sobre o Dia 28, comparado as avaliações iniciais (Dia 5 e 8) e baixa em CL de cabras não prenhes a partir do Dia 18 (P = 0,001). A heterogeneidade e vascularização do CL de cabras prenhes e não prenhes não foi influenciada pela interação entre tratamentos e dia da avaliação (P > 0,05). Mas independente do tratamento, CLs de cabras prenhes apresentaram maior heterogeneidade e maior área de vascularização ao longo dos dias de avaliação (P = 0,001). Ao contrário, CLs de cabras não prenhes mostraram redução dos valores de vascularização e heterogeneidade a partir do Dia 18 e 23, respectivamente (P < 0,001). A taxa de concepção média foi de 65,76 % e taxa de de prenhez equivalente a 62,72 %, não diferindo entre os grupos experimentais. A hCG e pFSH são equivalentes à eCG na indução da resposta ao estro, na taxa de ovulação, concepção e prenhez, entretanto há diferenças na dinâmica folicular e luteal. O curto intervalo de tempo entre a remoção da esponja e ovulação observado no grupo eCG, provavelmente está relacionada ao maior diâmetro do maior folículo no dia da aplicação da gonadotrofina. Desta forma, diferenças encontradas nas dimensões foliculares entre os grupos não estão exclusivamente relacionadas ao tipo de gonadotrofina, mas com o status folicular no momento da administração da gonadotrofina. Independente, hCG e pFSH foram capazes de promover o desenvolvimento folicular adequado, visto que o diâmetro do maior folículo ovulatório foram similares de cabras tratadas com eCG. Quanto as diferenças encontradas nas características biométricas e ecogênicas dos CLs, estas devem-se a maior capacidade ovulatória da hCG, que por sua vez resultaram em CLs de menor diâmetro e volume e maior valor de pixel de ecogeneidade. No entanto, estes achados não se rementem a uma anormalidade, desde que as mudanças morfológicas do CL ao longo dos dias das avaliações foram evidenciadas entre os grupos e as alterações vasculares foram distintas apenas com relação a categoria do CL (prenhe e não prenhe).