Investigação do significado prognóstico da mimetização da vasculogênese e sua inibição pelo sorafenib em tumores mamários de cadelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Prado, Maria Carolina Mangini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
dog
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191567
Resumo: O carcinoma mamário de cadelas (CMC) é um dos tumores mais importantes em fêmeas caninas não castradas e, devido a semelhança com câncer de mama em mulheres, é considerado um modelo em oncologia comparada. A mimetização de vasculogênese (MV) é um achado histopatológico recorrente em um grupo de CMC que demonstram comportamento agressivo. A MV é um processo que células neoplásicas altamente agressivas formam canais condutores de fluido sem a presença de células endoteliais. Embora a MV tenha sido descrita em carcinomas inflamatórios mamários de cadelas, nenhum estudo prévio investigou o significado prognóstico e preditivo da MV em CMC. Assim, esta pesquisa objetivou investigar o significado prognóstico da MV em casos de CMC, a habilidade das células do CMC em formar túbulos in vitro e a capacidade do sorafenib em inibir MV in vitro. Esse fármaco foi eleito para estudo, pois em análises prévias, demonstrou atividade significativa contra várias tirosinas quinases receptoras envolvidas na neovascularização e progressão do tumor, incluindo o receptor do fator de crescimento endotelial vascular (VEGFR -2). A MV in situ foi identificada, inicialmente, pela avaliação morfológica em blocos de parafina e pela dupla marcação de CD31/PAS. Entre todas as amostras de CMC (N=248), a MV foi identificada em 33% das amostras tumorais (82/248). A presença de MV está mais relacionada ao grau do tumor que ao subtipo histológico. Tumores com grau histológico maior (II e III), independente do subtipo histológico, apresentaram estruturas positivas para MV. Além disso, pacientes com MV, tiveram um tempo de sobrevida menor (p < 0,0001). Devido à importância da alimentação autócrina de VEGF-A e VEGFR-2 em tumores epiteliais, investigamos a associação de sua imunoexpressão em células tumorais neoplásicas e sua associação com MV. Entre as amostras positivas para MV, todas (n = 82) apresentaram escores altos de VEGF-A e VEGFR-2 (3 ou 4), indicando MV como um achado comum na superexpressão tumoral de VEGF-A e VEGFR-2. Assim, foram cultivadas duas linhagens celulares primárias de carcinoma mamário canino (CM9 e CM60), com capacidade de MV in vitro e avaliamos o efeito antitumoral de sorafenib. Para linhagem celular CM9 foi estabelecido IC50 de 2,61 μM e CM 60 de 1,34 μM. Foi realizado o ensaio de MV in vitro e as células foram tratadas com a dose de IC50 de sorafenib para cada linhagem celular, o qual se mostrou apto a inibir a MV in vitro. No geral, nossos resultados indicaram MV como um fator prognóstico para cadelas portadoras de CMC e que o sorafenib tem eficácia in vitro de inibir a MV em células de CMC.