Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Isis Grigoletto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182279
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Resumo: |
Introdução: O exercício físico é um componente de extrema importância no tratamento de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Sendo citados como modalidades de exercício físico, o treinamento resistido, o treinamento aeróbico e o treinamento funcional. O treinamento resistido com componentes elásticos é uma alternativa de baixo custo aos aparelhos de musculação convencional, e o treinamento aeróbico associado ao resistido habitualmente o mais utilizado. Apesar dos benefícios obtidos com tais exercícios, estes são reduzidos com o passar do tempo após a finalização dos treinamentos, além disso, a aderência destes pacientes é deficitária, sendo a monotonia dos exercícios um dos motivos para este fato. Dessa forma, estudos visam identificar modalidades de treinamento capazes de atrair e manter a satisfação desses pacientes. Assim, torna-se necessário verificar se um treinamento com resistência elástica é capaz de promover a manutenção dos ganhos obtidos pós-treinamento, e além disso, verificar se a inclusão de um treinamento funcional a um treinamento convencional pode ser uma alternativa para melhor adesão de pacientes com DPOC. Objetivo: Realizar dois estudos com os seguintes intuitos: 1) verificar se um treinamento com resistência elástica é capaz de promover a manutenção dos ganhos obtidos por pacientes com DPOC após a finalização dos treinamentos e 2) verificar se a inclusão de um treinamento funcional a um treinamento convencional (aeróbico e musculação) pode promover melhor satisfação e aderência de pacientes com DPOC a estes treinos. Métodos: Para atender o primeiro objetivo, 33 pacientes com DPOC foram randomizados em três grupos: Grupo Bandas Elásticas (GBE), Grupo Tubos Elásticos (GTE) ou Grupo aparelhos de musculação Convencional (GC). Os participantes realizaram três meses de intervenção e três meses de follow-up. Foram realizadas avaliações no momento basal, final e em três meses de follow-up: capacidade funcional (Teste de caminhada de seis minutos - TC6), nível de atividade física (Questionário de Baecke), qualidade de vida (Questionário de avaliação da DPOC - CAT e Mini Sleep Questionnaire – MSQ) e composição corporal (Bioimpedância, Octopolar InBody). Para atender o objetivo do segundo estudo, outros 21 pacientes com DPOC, não relacionados ao primeiro estudo, divididos em dois grupos: Grupo Treinamento Funcional (GTF) e Grupo Treinamento Convencional (GTC) após 8 semanas de treinamento, participaram de grupos focais para avaliação qualitativa de satisfação, e responderam a questionários quantitativos para avaliação dos aspectos do treinamento. Por fim, a aderência foi verificada pelo número de presença nas sessões. Resultados: Quanto ao primeiro estudo, em três meses de follow-up, foi observada manutenção da composição corporal (p>0.05), qualidade de vida (p>0,05) e nível de atividade física (p=0,98) nos três grupos (GBE, GTE e GC), e um declínio na capacidade funcional, com uma quase Diferença Mínima Clinicamente Importante (DMCI) em GTE. No segundo estudo, foi possível observar semelhante aderência (p=0,965) e satisfação (p=0,341) em ambos os grupos (GTF e GTC). Fatores como: aumento dos sintomas respiratórios, distância da casa ao centro de treinamento e problemas pessoais não interferiram na aderência e não apresentaram diferença entre os grupos (p>0,05). Na análise qualitativa, os fatores: manejo da doença, melhorias físicas e psicossociais, relacionamentos interpessoais e exercícios propostos foram relacionados a satisfação. Por fim, aspectos negativos: presença de dores, comorbidades, crenças e desmotivação pessoal interferiram na satisfação dos treinamentos. Conclusão: Três meses de follow-up após a finalização do treinamento resistido com componentes elásticos demonstrou manutenção da composição corporal, qualidade de vida e nível de atividade física de pacientes com DPOC, entretanto, houve declínio na capacidade funcional em GTE. Além disso, foi possível verificar que a inserção de um circuito de exercícios funcionais no treinamento convencional de pacientes com DPOC apresenta alta satisfação e aderência, no entanto de forma semelhante ao treinamento convencional. |