A providência nos interstícios das histórias rosianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Liporaci, Vanessa Chiconeli [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91571
Resumo: O presente trabalho concentra-se no levantamento e análise das diferentes formas de atuação da providência divina em quatro contos de Guimarães Rosa: “Substância” e “Seqüência” integrantes de Primeiras estórias de 1962, “A estória do Homem do Pinguelo” que se encontra no livro póstumo Estas estórias de 1969 e “Arroio-das-antas” presente em Tutaméia de 1967. A escolha desses contos deve-se ao fato de eles apontarem, de forma exemplar, a existência de uma força providencial capaz de alterar o rumo dos fatos e da vida das personagens neles envolvidas. Tomamos como ponto de partida a idéia de que é essa providência que move a ação nas composições selecionadas e procuramos analisar o modo como o escritor articula todos os elementos da narrativa, conduzindo-a ao momento da ação providencial, ou seja, à mudança aparentemente brusca que se dá na vida das personagens graças à influência de uma força superior ordenadora. Com uma estrutura singular e linguagem poética, Guimarães Rosa cifra a disseminação da ação providencial nos interstícios das histórias de Sionésio e Maria Exita, da vaquinha pitanga e o filho de Seo Rigério, de Seo Cesarino e Pedro Mourão e de Drizilda e das velhinhas. Sendo assim, trabalhamos com a idéia de que essas quatro narrativas alegorizam, de maneiras diferentes, um mesmo sentido que transcende as histórias em questão.