Imunoexpressão das metaloproteinases 1 e 2 nos subtipos histológicos da variante folicular do carcinoma papilífero de tireoide: relação com prognóstico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Flávia Ramos Kazan [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214734
Resumo: Introdução: As metaloproteinases da matriz (MMPs) têm sido estudadas como marcadores de malignidade e na avaliação prognóstica de diversos tipos de carcinomas diferenciados da tireoide, mas não nos subtipos histológicos da variante folicular do carcinoma papilífero (VFCP): não encapsulado, encapsulado invasivo e encapsulado não invasivo (NIFTP). Objetivos: Comparar os subtipos da VFCP quanto à expressão proteica das MMP-1 e MMP-2, relacionando-a com o prognóstico. Métodos: Foi realizado estudo caso-controle, no qual foram avaliados 74 casos operados devido a VFCP, os quais foram classificados em três grupos, de acordo com a revisão do material histológico tumoral: não encapsulado, encapsulado invasivo e NIFTP. Os grupos foram comparados quanto à expressão imunoistoquímica das MMP-1 e MMP-2 no tecido tumoral, bem como quanto a dados clínico-laboratoriais, histológicos, terapêuticos e evolutivos. A imunoexpressão proteica das MMPs foi então avaliada em relação a parâmetros referentes ao prognóstico dos casos (status na última avaliação e tempo de sobrevida livre de doença estrutural). Foram utilizados os testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, exato de Fisher, qui-quadrado de tendência e mapas perceptuais de análise de correspondência múltipla, além das curvas de Kaplan-Meier. Foi considerado o Odds ratio para as dimensões de efeito, com um intervalo de confiança (IC) de 95%. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: O grupo NIFTP apresentou maiores percentuais de casos sem imunoexpressão para MMP-1, em relação aos demais grupos, tanto individualmente (45,8%X9,4%X11,1%; p=0,023), como quando agrupados como NÃO-NIFTP (45,8%X9,8%; p=0,039). Na comparação entre os grupos NIFTP unifocal, NIFTP multifocal e NÃO-NIFTP, o NIFTP unifocal apresentou menor percentual de casos positivos para MMP-1 (72,2%X100,0%X95,1%; p=0,031). NIFTP se correlacionou com a imunoexpressão negativa e intensa para MMP-1, e moderada para MMP-2, enquanto que o subtipo encapsulado invasivo se correlacionou com a imunoexpressão moderada para MMP-1, e negativa e intensa para MMP-2. Na comparação NIFTP com NÃO-NIFTP, os resultados foram semelhantes. Não foram observadas outras associações entre as MMPs e o prognóstico dos casos. Conclusões: Os subtipos encapsulado invasivo e não encapsulado apresentaram maiores percentuais de casos com imunoexpressão positiva para MMP-1 em relação ao NIFTP. NIFTP e encapsulado invasivo apresentaram padrões opostos de correlação quanto à expressão de MMP-1 e MMP-2. NIFTP multifocal e os tumores NÃO-NIFTP apresentaram maior positividade para MMP-1 do que o NIFTP unifocal. Não foram observadas relações entre os subtipos da VFCP, a imunoexpressão das MMPs estudadas e o prognóstico.