Características da carne ovina embalada a vácuo e armazenada sob luz fluorescente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vieira, Natalia Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242494
Resumo: A cor da carne é a primeira característica observada pelo consumidor no momento da compra influenciando a sua escolha. Há diversos fatores que causam a descoloração da carne, dentre eles, a iluminação pela qual a carne é submetida durante a exposição nas gondolas do mercado varejista, que afetam a qualidade, principalmente a cor, e consequentemente há a desvalorização do produto, gerando perdas e insatisfação do mercado consumidor. Como há escassez de informações na literatura nacional sobre o assunto, o objetivo do estudo foi avaliar as possíveis variações das características físico-química, microbiológica e cor da carne ovina congelada, embalada a vácuo sob exposição de luz fluorescente em diferentes tempos de armazenamento. Foi utilizado o músculo Longissimus lumborum de 16 cordeiros machos da raça Ile de France com peso médio ao abate de 40,53 kg de peso vivo e quatro meses de idade, que foram abatidos em frigorífico comercial. As amostras foram identificadas e armazenadas aleatoriamente em freezer horizontal sob luz fluorescente (CL) e sem luminosidade (SL) por 0, 30 e 60 dias. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial (2×2+1), com dois tratamentos (sem luz e com luz fluorescente) e dois períodos de armazenamento (30 e 60 dias) mais o tratamento controle (dia 0). As avaliações realizadas foram: pH, cor, força de cisalhamento, perdas de peso por cocção, capacidade de retenção de água, oxidação lipídica, microrganismos mesófilos, psicrotróficos e coliformes. Houve interação entre os tratamentos para pH e capacidade de retenção de água (P<0,05), observando resultados superiores para CL-30 e SL 60 respectivamente. Entretanto, para as demais variáveis foram encontradas diferenças apenas nos efeitos principais, principalmente de tempo (P<0,05), exceto para força de cisalhamento que não diferiu entre os tratamentos. A qualidade microbiológica da carne não foi afetada pelo fator luminosidade, exceto para coliformes (P<0,05) em que o tratamento CL apresentou menor contagem desses microrganismos. Em função dos dias de armazenamento sob congelamento, verificou-se que L*, a* e b*, C*, O/M*, perdas de peso por cocção e a oxidação lipídica aumentaram à medida que a carne ficou mais tempo armazenada (P<0,05). Dessa forma conclui-se que as características físico- químicas e microbiológicas não foram afetadas pelo tipo de luminosidade. No entanto, a carne sofre alterações à medida que aumenta o tempo de estocagem sob congelamento