Uma ironia fantástica: a dicotomia da narrativa em Murilo Rubião

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Amaral, Ana Carolina Bianco [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99111
Resumo: Propomos, neste trabalho, a partir de um diálogo, sobretudo, entre teorias e críticas do século XX e XXI, de Tzvetan Todorov, Irène Bessière, Italo Calvino, Jorge Schwartz e de Braulio Tavares, compreender a forma pela qual a literatura fantástica, em suas múltiplas acepções, é composta em sua essência. Para tanto, identificamos o processo de “realidade” e de “sobrenaturalidade” como aspectos fundadores dessa literatura, pois ainda que a crítica elenque o gênero como “expressão dos sentimentos reprimidos”, “credo religioso do leitor”, “jogo narrativo”, etc, percebemos que há um âmago composicional estável nesse módulo. Assim, repensamos os termos “verossimilhança” e “sobrenatural” em “simulacro de realidade” e “simulacro de sobrerrealidade”, já que esses aspectos, no que concerne à composição, parecem delinear o texto sob a constituição da ironia: dois conceitos, a priori, dissidentes, formados num mesmo ângulo, uma dicotomia. Analisaremos, fundamentalmente, quatro contos do brasileiro Murilo Rubião: “Teleco, o coelhinho”, “O ex-mágico da taberna minhota”, “Bárbara” e o “Homem do boné cinzento”, pois estes, além de serem representantes desse gênero na contemporaneidade, apresentam, em suas configurações, o eixo fantástico, e manifestam outros níveis de ironia, argumentados por D. C. Muecke, Lélia Parreira Duarte e Linda Hutcheon