Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Aline Cristina Gonçales |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202234
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Resumo: |
O primeiro terço da incubação é determinante para o desenvolvimento embrionário, sendo que a temperatura é considerada um dos fatores mais importantes, pois pequenas flutuações deste parâmetro podem afetar a qualidade e a taxa de sobrevivência dos embriões. Desta forma, objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da manipulação térmica durante a incubação sobre o consumo de oxigênio, temperatura corporal, respostas ventilatórias à hipóxia e hipercapnia em pintainhos machos e fêmeas de 3 e 14 dias de idade (d). Foram incubados ovos férteis de matrizes da linhagem Cobb®, classificados de acordo com o peso, provenientes de matrizes com idade entre 48 a 52 semanas, procedentes de incubatório comercial, de acordo com os seguintes tratamentos: Controle (Control) - ovos incubados a 37,5ºC (durante todo o período incubatório); Frio (Cold) - ovos incubados a 36ºC (6 horas/ dia, por 5 dias); Quente (Hot) - ovos incubados a 39ºC (6 horas/ dia, por 5 dias). Após os 5 primeiros dias de incubação, os ovos dos tratamentos Frio e Quente permaneceram em temperatura de 37,5ºC até a eclosão. Após a eclosão os animais foram sexados e os seguintes parâmetros foram avaliados: massa do pulmão e coração; temperatura corporal; consumo de O2 e ventilação em condições basais, e após a exposição à hipóxia (10%O2) ou à hipercapnia (7%CO2). Os dados foram avaliados quanto ao atendimento das pressuposições de homogeneidade das variâncias e normalidade dos erros estudentizados e submetidos à análise de variância de duas vias e em caso de diferença significativa, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A massa corpórea dos animais incubados a 36ºC, em ambas idades, foi maior comparada aos grupos quente (machos e fêmeas) e controle (exceto os machos 3d). A temperatura de incubação não influenciou no peso do coração dos animais 3d (p>0,05). No entanto, animais 14d incubados a 39ºC apresentaram o peso do coração superior aos animais do grupo controle. Não houve diferença significativa no peso dos pulmões, em ambas as idades e sexo. Não houve diferença significativa entre os tratamentos na V ̇E, V ̇O2 e V ̇E / V ̇O2 dos animais 3d, durante a exposição ao ar ambiente. No entanto, fêmeas 14d incubadas a 39ºC apresentaram uma diminuição de V ̇E. Ambos machos e fêmeas 14d incubados a 39ºC apresentaram menor V ̇O2 e um aumento na Tb comparados ao grupo controle. Além disso, fêmeas 14d incubadas a 36ºC apresentaram menor Tb comparadas aos animais incubados a 37,5 e 39ºC. Sob exposição ao CO2, a resposta hiperventilatória (V ̇E / V ̇O2) foi atenuada nas fêmeas 3d e machos 14d incubados a 36ºC e nos machos e fêmeas 14d incubadas a 39ºC, principalmente afetando V ̇E. Frente à hipóxia, fêmeas 3d incubadas a 36ºC apresentaram uma hiperventilação atenuada modulada por uma menor resposta hipometabólica, comparadas ao grupo controle. No entanto, em fêmeas 14d incubadas a 36ºC, o aumento de V ̇E sob hipóxia foi maior e a resposta hipometabólica foi atenuada em comparação com o grupo controle, o que resultou em nenhuma alteração no equivalente ventilatório. Não houve efeito do tratamento na Tb dos animais machos e fêmeas 3d, frente hipercapnia e hipóxia. No entanto, fêmeas 14d incubadas a 36ºC apresentaram uma queda atenuada na Tb comparada ao grupo controle (7% CO2) e grupos controle e quente (10% O2). Com relação a Tb dos machos 14d, o único efeito do tratamento foi observado frente hipóxia, onde machos 14d apresentaram uma queda acentuada comparada ao grupo controle. Em conclusão, a manipulação térmica afeta mais a hiperventilação induzida pela hipercapnia comparado ao desafio hipóxico. Em ambas idades, as fêmeas são mais afetadas pela manipulação térmica do que os machos. |