Interação entre temperatura corporal e respostas ventilatórias frente à hipercapnia em três espécies de roedores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Barros, Renata Cristina Habenchus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-29012024-145417/
Resumo: O roedor semifossorial recém descrito, Proechimys yonenagae, nativo da Caatinga, foi comparado com P. iheringi, um roedor de superfície, da Mata Atlântica, quanto às interações entre temperatura corporal (Tc), ventilação (VE) e consumo de O2 (VO2), durante hipercapnia (5 ou 10% de CO2). Ratos Wistar também foram usados para avaliar a participação da via do óxido nítrico (NO) na hipotermia e hiperventilação induzidas por hipercapnia. AVE foi medida por pletismografia, a Tb, inserindo um sensor no reto do animal e o VO2, utilizando um analisador de O2. Nos ratos Wistar, as medidas foram realizadas antes e após a injeção intraperitoneal do inibidor da NO sintase Nω-nitro-L-arginine (L-NNA) e após subseqüente exposição à 5% de CO2. Durante a inalação de ar, a VE não diferiu entre os três roedores, a Tc de ratos Wistar foi maior em relação à de P. yonenagae e os valores de VO2 de P. yonenagae e P. iheringi foram significativamente menores do que o dos ratos Wistar. A hipercapnia causou hiperventilação nas três espécies, hipotermia em P. yonenage e ratos Wistar, mas nenhuma alteração de VO2 foi observada nos três roedores. Uma queda significativa de Tc foi obtida após injeção de L-NNA (40 mg-kg-1), acompanhada por uma redução do VO2. A Hipercapnia não afetou a hipotermia causada por L-NNA, o qual também não modificou a resposta ventilatória à 5% de CO2. Comparações entre as duas espécies silvestres sugerem que P. yonenagae apresenta poucas adaptações fisiológicas à hipercapnia das tocas. Ambas as respostas geradas pela hipercapnia, hiperventilação e hipotermia, parecem não compartilhar o NO como mediador, embora, a via L-arginina-NO participe, independentemente, da função respiratória normal e da termorregulação.