Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Correia, Ederson Souza [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157483
|
Resumo: |
Dentre os vários trabalhos publicados sobre o Regime de Metas de Inflação (RMI), poucos procuram comparar o desenho do arranjo institucional escolhido pelos países que usam este regime com os resultados e impactos sobre as principais variáveis macroeconômicas. Deste modo, o objetivo central desse trabalho consistiu em identificar, analisar e comparar o desenho institucional do quadro de metas de inflação com os resultados obtidos pelos países que usam o Regime de Metas de Inflação, com ênfase no desempenho brasileiro em relação aos seus pares emergentes e da América do Sul que usam esse regime de política monetária. Foi realizada uma breve apresentação dos principais fundamentos teóricos e empíricos do RMI e das principais críticas feitas a este regime. Em seguida, foram identificados os diversos formatos que o regime pode assumir e as escolhas feitas pelos países na formatação do arranjo em relação a quatro elementos fundamentais: o nível da meta, o tipo da meta, o índice de preços oficial usado e o horizonte alvo. A combinação desses elementos determina o grau de rigidez do arranjo institucional. Foram comparados os resultados obtidos por países desenvolvidos e emergentes em relação ao nível e volatilidade da inflação e cumprimento da meta. Também foi comparado o desempenho do Brasil em relação às principais variáveis macroeconômicas com o desempenho de outros países que usam este regime há pelo menos uma década e encontram-se no mesmo estágio de desenvolvimento – emergentes. Os resultados encontrados apontaram diferenças significativas quanto ao desempenho da inflação e cumprimento da meta entre países targeters desenvolvidos e emergentes, estes últimos têm maiores dificuldades em cumprir as metas e apresentam, em geral, inflação média próxima do limite superior estabelecido. Embora possua uma das maiores metas de inflação e margem de tolerância relativamente alta, o desenho do regime de metas de inflação no Brasil caracteriza-se como rígido em função do horizonte de tempo estabelecido para o alcance da meta: o ano calendário, por ser um horizonte curto e fixo. Mesmo recorrendo a elevadas taxas de juros, reais e nominais, quando comparadas às praticadas no mundo, o país figura entre os que registraram as maiores taxas médias de inflação e maiores desvios em relação à meta estabelecida. Além disso, o país apresentou baixo crescimento e instabilidade cambial. Conclui-se que o combate à inflação é importante e não pode ser abandonado, porém as dificuldades do Brasil em reduzi-la, mesmo sob um RMI rígido, que resulta em elevadas e voláteis taxas de juros, apontam para a necessidade de adicionar outras estratégias. |