Olhar caleidoscópico: a experiência do cinema como prática pedagógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Persegueiro, Kelcilene Gisela [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151874
Resumo: O presente trabalho de dissertação de mestrado consistiu em uma pesquisa de campo realizada em uma Escola Municipal de Piracicaba-SP, em que atuava como professora substituta , do 1º ano, em uma sala com 22 crianças, com idade entre 6 e 7 anos, do Ensino Fundamental I. Esta pesquisa apresenta oito oficinas de desenhos animados inspirados nos episódios do Sítio do Pica Pau Amarelo de Monteiro Lobato. Durante esse processo entendeu-se a necessidade de apresentar novos olhares para as práticas pedagógicas, que foram construídas sem camisa de força, a partir das tendências progressistas, que dispuseram mais de quinze práticas pedagógicas calcadas no diálogo, de acordo com a prática educativa Libertária de Paulo Freire (1977). A partir do encontro do cinema na escola foram levantadas as seguintes questões de pesquisa: 1. Que práticas pedagógicas podem ser fomentadas a partir do cinema na escola com crianças do ensino fundamental, ciclo I? 2. A experiência do cinema na escola é capaz de construir uma educação como prática educativa libertária (liberdade em construção) a partir do pensamento de Paulo Freire? 3. Que produções de conhecimentos por parte dos alunos, a partir do cinema, atestam a prática da liberdade e autonomia? Esses problemas desencadearam nossos objetivos, que são: a. Compreender que tipo de práticas pedagógicas podem ser construídas a partir da experiência do cinema e de que maneira podem promover/ criar/afetar/ transmitir/ transformar os alunos e estimular a produção de conhecimento; b. Verificar como a relação das crianças com os filmes conduzem a um aprendizado que permite uma leitura de mundo no qual as experiências prévias das crianças somam-se à própria experiência do cinema. Acreditamos nas propostas do cineasta francês Alain Bergala, que traz reflexões sobre estudos do cinema para a prática educacional na escola e Fresquet (2013) que mantém um questionamento muito intrigante para todos nós educadores, no sentido de servir como reflexão e sair da condição de conforto ao pensarmos a própria prática docente, que tipo de experiências seria promovida numa pedagogia emancipadora? A metodologia utilizada é a pesquisa-ação, tendo sido realizadas as Oficinas de Cinema, seguidas de rodas de conversas de forma livre e sem roteiro, inspirada em Freinet (1973). Nas análises dos dados, utilizamos as inferências por Bardin (1979) discutido por categorias/eixos. O cinema inseriu marcas e significados para as crianças que contribuíram para reflexão sobre tomadas de decisões da própria vida e desfrutaram de ideias e criações que levaram a construção das práticas pedagógicas, podendo se pensar a própria Pedagogia do Cinema, para se refletir a importância do sentido de experiência do cinema na construção de práticas pedagógicas, como formação humana, tecendo elo entre o cinema e educação e cinema na escola, tido como potencialidades para se pensar a educação no país.