Arranjos de semeadura e acão da temperatura na resposta de plantas de soja ao ataque de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) e Chrysodeixis includens (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Marina Mouzinho [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151005
Resumo: As plantas, por estarem constantemente expostas a diversos tipos de estresses, podem ser influenciadas pelo meio onde são cultivadas, resultando em alterações no desenvolvimento e metabolismo, e que, consequentemente, poderão influenciar em mudanças nas interações insetos-praga. Neste sentido, objetivou-se com esse estudo, avaliar as relações entre plantas de soja submetidas a estresses causados por arranjos de semeadura e aumento de temperatura, e as consequência desses fatores na interação insetos-praga que ocorrem na cultura. Para isso foram realizados dois experimentos. No primeiro experimento foram estudados, durante dois anos agrícolas consecutivos, os arranjos de semeadura: convencional 40 cm, reduzido 20 cm, fileira dupla 20 × 40 cm, e fileira dupla 20 × 60 cm; e diferentes populações de plantas: 320.000, 427.000 e 537.000 plantas ha-1. Foram avaliados nesse experimento a ocorrência de percevejos-praga durante todo o ciclo da cultura, os danos causados por percevejos/grão, três enzimas oxidativas e a produtividade. No segundo ensaio foi avaliado, em plantas de soja Bt e não Bt, o efeito de diferentes temperaturas nos parâmetros fisiológicos, na expressão do gene da proteína catalase e nos danos causados por Chrysodeixis includens (Walker, [1858]) (Lepidoptera: Noctuidae: Plusiinae). Em ambos experimentos foi verificado a influência do estresse nas plantas de soja por fatores bióticos e abióticos, com alteração nos parâmetros fisiológicos e na atividade das enzimas. No primeiro experimento durante o primeiro ano agrícola as plantas em arranjos de semeadura fileira dupla 20 × 40 e 20 × 60 tiveram a menor expressão das enzimas oxidativas inicialmente, pois estavam menos estressadas devido ao maior espaçamento entre linhas, porém, com o aumento dos percevejos nesses arranjos houve também o aumento da atividade das enzimas resultante do estresse ocasionado pelo ataque desses insetos. No segundo ano agrícola não houve diferença estatística na população de percevejos. Em relação a produtividade não houve diferença estatística no primeiro ano agrícola, e no segundo ano foram observados maiores médias nos tratamentos com arranjo de semeadura convencional e reduzido. No segundo experimento, mesmo em altas temperaturas as plantas Bt mantiveram eficiência de controle de C. includens, pois foram menos danificadas que as plantas não Bt, como foi observado nas avaliações de desfolha, área foliar e peso seco. O gene da enzima catalase no tratamento controle foi mais ativo na soja não Bt, porém nos demais tratamentos, com maiores temperaturas, foram observados maior expressão do gene em plantas Bt.