Perspectivas em disputa: olhares das garotas de programa de Franca sobre a violência sexual e o estupro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barbosa, Marcela Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152831
Resumo: O tema violência contra as mulheres é amplamente debatido pelos movimentos feministas e pautado por diversos desafios na efetivação de políticas que considerem a diversidade de mulheres existentes. O ativismo das mulheres prostitutas, no cenário brasileiro e internacional, a partir das reivindicações pelo reconhecimento do trabalho sexual e pela ampliação na conquista de direitos, realizaram distinções precisas entre a prática da prostituição e a violência sexual. Contudo, o tratamento penal oferecido às trabalhadoras do sexo ainda oscila, categoricamente, ora representando-as enquanto vítimas, ora enquanto vilãs. Para além dos binarismos que ocultam realidades complexas e multifacetadas, neste trabalho, busco me aproximar dos olhares de cinco garotas de programa usuárias do “Centro de Prevenção em DST/Aids” do município de Franca e de suas perspectivas sobre a violência sexual, o estupro e as intermediações das instituições estatais. Considerando que a prática da prostituição e a violência não devem ser confundidas, pretendo analisar as negociações e limites corporais e afetivos estabelecidos na organização do trabalho sexual em Franca e traçar relações com o que reivindicam e reconhecem como violência sexual. O diálogo com os aprendizados, as próprias noções e estratégias de enfrentamento das garotas de programa perante o funcionamento das forças repressivas do estado e de suas narrativas sobre o crime de estupro compõe o objetivo de pensar experiências, resistências e o poder de agência de mulheres, vivas e intensas pela subversão e pluralidade de seus saberes.