Efeito da infecção com Strongyloides venezuelensis no desenvolvimento da encefalite autoimune (EUA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Minicucci, Fernanda Chiuso [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101485
Resumo: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória, crônica e desmielinizante do sistema nervoso central (SNC). A caracterização de uma estratégia profilática e/ou terapêutica na EM é necessária, já que não há cura para essa doença. No contexto da hipótese da higiene, a exposição diminuída a certos agentes infecciosos como os helmintos, os lactobacilos e as micobactérias saprófitas estaria relacionada com o aumento na incidência de doenças alérgicas e autoimunes. Assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a infecção por Strongyloides venezuelensis em ratos Lewis e avaliar se a mesma modula as características clínicas, imunológicas e histopatológicas da encefalite autoimune experimental (EAE) nestes animais. Na primeira etapa, caracterizamos as fases aguda e de recuperação da infecção e avaliamos os padrões de resposta imune nestas duas fases. Na segunda etapa, avaliamos o efeito de uma ou várias infecções com S. venezuelensis na evolução da EAE. Os animais foram avaliados diariamente quanto ao peso e escore clínico da doença e a eutanásia foi realizada na fase de recuperação da EAE para avaliação da resposta imune (produção de citocinas e anticorpos) e do processo inflamatório no SNC. A frequência de células T CD4+CD25+Foxp3+ no baço e nos linfonodos (inguinais e poplíteos) também foi determinada após infecção única (fase aguda e de recuperação) ou múltipla com este helminto. De acordo com os diversos parâmetros avaliados, os resultados demonstraram que a infecção com S. venezuelensis não modificou a progressão da EAE em ratos Lewis e também não alterou a frequência de células T CD4+CD25+Foxp3+ nos órgãos linfóides secundários. Considerando a hipótese da higiene, estes resultados sugerem a necessidade de um estudo comparativo entre as diferentes espécies de helmintos para avaliar seu potencial imunorregulatório