Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Calefi, Fabíola Carreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183131
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Resumo: |
As regiões estuarinas vêm historicamente sofrendo impactos negativos devido ao aumento da carga poluidora, onde níveis aumentados de metais, principalmente por atividades industriais, e de amônia, pelo aporte de esgoto e efluentes domésticos, têm sido reportados tanto em água quanto no sedimento. Embora essas substâncias sejam reconhecidas como relativamente tóxicas a invertebrados estuarinos quando testadas isoladamente; poucos estudos têm avaliado como níveis aumentados de amônia afetam a toxicidade de metais. Assim, o presente estudo avaliou os efeitos tóxicos da exposição a níveis sub letais de amônia na água sobre a toxicidade aguda do cobre e cádmio em duas espécies de invertebrados: Artemia salina e Litopenaeus vannamei. Primeiramente a toxicidade dos metais e da amônia foram avaliadas por meio da determinação da concentração letal média (CL50) em 24 e 48 h de exposição, para ambas as espécies aclimatadas em salinidade 15 ppm. Além disso, testes de toxicidade para cádmio e cobre foram realizados na presença de níveis sub letais de amônia na água, representando 25% e 50% dos valores da CL50-48 h calculada para cada espécie. Para A. salina a substância mais tóxica foi o cobre, seguido pelo cádmio e amônia, enquanto para L. vannamei, o cádmio foi a substância mais tóxica, seguido pelo cobre e amônia. Para ambas as espécies, a toxicidade dos xenobióticos testados foi aumentada após 48 h de exposição, em relação as primeiras 24 h, como visto pelos menores valores de CL50-48 h. Para A. salina, a toxicidade do cobre e do cádmio diminuiu durante a exposição a níveis sub letais de amônia, particularmente nas primeiras 24 h de exposição, sugerindo um efeito antagonista entre a amônia e os metais para esta espécie. Por outro lado, a exposição a níveis sub letais de amônia não teve influência sobre a toxicidade aguda do cádmio para L. vannamei. Já a presença de amônia aumentou significativamente a toxicidade do cobre para L. vannamei, como visto pela drástica redução dos valores de CL50 em 24 e 48 h (em média 60% e 93% nos testes na presença de 25% e 50% da CL50 de amônia, respectivamente), indicando um efeito tóxico sinérgico entre a amônia e o cobre para a espécie. Em conjunto, nossos dados sugerem que o aumento da concentração de amônia na água pode ter efeito diferencial sobre a toxicidade de metais para espécies de invertebrados, podendo levar ao aumento da toxicidade de metais como cobre, particularmente em condições de salinidade reduzida do meio. |