Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Bruno Leonardo Galdino de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191973
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Resumo: |
Esta pesquisa aborda estudos relativos à Filosofia da Educação, tendo como objetivo tratar do tema da deficiência e suas implicações no cenário educacional brasileiro, sendo balizada por trabalhos realizados por pesquisadores prestigiados no cenário nacional no início do Século XXI, quando ocorre uma proliferação das políticas de inclusão. O escopo do tema desenvolvido reflete sobre o problema da inclusão como dispositivo de biopolítica, tendo como principal referencial teórico o filósofo francês Michel Foucault. O tema da educação inclusiva tem feito parte de intenso e recente debate em diversas áreas, com ressonâncias filosóficas e políticas. Ao adentrar a esfera do biopoder, questiona-se o processo de normalização e as funções atribuídas, no tocante ao público deficiente, não mais partir de parâmetros pré-estabelecidos e respaldados por uma eficiência de escopo capitalista, mas sim partir da própria deficiência como força de transformação. A diversidade também se encontra em um processo de modulação das diferenças e consequentemente de anulação das singularidades, o que reforça as práticas de governamentalidade, que não apenas sujeitam os corpos através de uma instrumentalização disciplinar, mas também criam um verniz que permite tratar do tema de forma adequada aos padrões de normalização. Na prática, retrógrados métodos de exclusão procuram modernizar a segregação, atualizados por novos dispositivos de inclusão. O saber-poder se espraia nesse espaço de sujeição e atua dentro do Educação com força da institucionalização. Na tentativa de diagnosticar essa problemática da inclusão, a filosofia da diferença do filósofo francês Gilles Deleuze aparece também como aporte teórico. Ao otimizar outras perspectivas, envereda-se pela possibilidade de pensar a deficiência pela acontecimentalização foucaultiana, não mais por uma submissão à eficiência neoliberal, mas por uma imanência que parte da própria diferença e se faz resistência acontecimental. Por fim, uma tentativa de práxis acontecimental, em que o singular procura emergir da sujeição para assim promover um novo fôlego às práticas educacionais, onde a deficiência assume o protagonismo e promove possibilidades de criação, enunciando a filosofia da diferença na contramão da diverso e dos mecanismos inclusivos de subjugação. Os sujeitos “Como Uns” resistem ao enquadramento dos Comuns. |