Resumo: |
Há literatura indicando que ações educacionais em grupo realizadas no âmbito da atenção primária à saúde podem modificar o consumo alimentar dos participantes. O agente comunitário de saúde, por sua dupla condição (membro da comunidade e trabalhador de saúde) pode vir a ser um facilitador destes processos educativos, desde que motivado e capacitado. Supondo que uma intervenção bem sucedida com tais profissionais teria mais chances de o ser na comunidade, foi realizado estudo piloto visando avaliar o impacto de uma intervenção educativa (seis sessões de grupo e uma oficina de culinária) sobre o consumo de frutas e hortaliças (FH) de agentes comunitários de saúde (ACS) brasileiros. Foi desenvolvido um ensaio controlado, constituindo-se aleatoriamente dois grupos: grupo intervenção, 21 agentes que participaram de seis sessões de grupo coordenadas por nutricionista; grupo controle, 21 agentes não participantes. O desfecho principal foi consumo total de FH, em gramas e em % de energia. Para aferir estas variáveis, foram realizados 3 recordatórios de 24h, referentes a dois dias da semana e a um domingo, antes e 90 dias após a intervenção. O desfecho secundário foi a posição do agente comunitário de saúde frente aos estágios de mudança de comportamento, segundo o Modelo Transteorético. A avaliação do impacto da intervenção, mediante análise de medidas repetidas, com teste de comparação múltipla de Tukey, foi complementada pela avaliação do processo e do impacto percebido pelos agentes. Dentre os principais resultados, destacam-se: De um total de 20 agentes que participaram da intervenção, apenas 8 modificaram positivamente seu estágio de comportamento em relação ao consumo de FH, contra 4 dos 21 do grupo controle; todos do grupo... |
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