Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Brandani, Jeniffer Zanetti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154860
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Resumo: |
Introdução: O número de indivíduos acometidos pela hipertensão arterial é alarmante em todo o mundo, por isso, a busca por estratégias eficazes para a redução dos valores de pressão arterial e suas consequências, são objetos de inúmeros estudos. As práticas de ioga vêm sendo incentivadas por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, por se mostrar eficaz na prevenção e tratamento de diversas patologias, entre elas a hipertensão arterial, apresentando efeito hipotensor significativo. Podendo ser utilizado com todas as técnicas (princípios éticos, asanas, pranayamas, relaxamento, meditação) em conjunto em uma mesma sessão ou de forma isolada, como muitos estudos investigando apenas relaxamentos e/ou pranayamas. Objetivos: a) Levantar os estudos que abordam os efeitos dos exercícios de controle respiratório (pranayamas) sobre a pressão arterial; b) Verificar o efeito de intervenção com pranayamas com ritmo lento na pressão arterial de hipertensos, sob tratamento em Unidade Básica de Saúde (UBS). Métodos: Para isso, foram conduzidos dois estudos principais. a) Uma revisão sistemática de ensaios clínicos que buscaram verificar os efeitos dos pranayamas na pressão arterial. Foram pesquisadas três bases de dados eletrônicas PubMed/Medline, Scopus e Bireme, a análise de viés foi avaliada pela escala PEDro. b) Um ensaio clínico randomizado e controlado, composto por dois grupos (ioga - GI e exercício controle ativo - GCA). O programa foi composto de 16 sessões com duração de 30 minutos e as análises foram compostas por medidas de pressão arterial ao início e fim do programa. Resultados: a) Todos os estudos em que os participantes eram hipertensos apresentaram redução na pressão arterial sistólica (PAS) tanto nos estudos que avaliaram efeito agudo quanto nos que avaliaram o efeito crônico; na pressão arterial diastólica (PAD) apenas três estudos demonstraram redução significativa (dois investigando efeito crônico); já a frequência cardíaca apresentou diminuição em sete estudos (4 investigando efeito agudo). b) Os grupos apresentaram redução significativa na PAS nos momentos, porém não foi encontrada diferença entre os grupos; os pacientes eram em sua maioria mulheres, brancos, com IMC acima do valor recomendado e classe econômica B e C; apresentavam níveis de atividade física dentro das recomendações (>150min/semana). Conclusão: a) A revisão sistemática forneceu indícios de que a utilização de pranayamas lentos e/ou com narinas alternadas possa ser uma alternativa efetiva para reduzir a pressão arterial em pacientes normotensos e hipertensos. Porém, o alto número de viés nos estudos iseridos limitam estes resultados. Portanto, são necessários novos estudos com maior rigor metodológico na área de ioga, para que os benefícios desta prática seja fortalecido e ganhe espaço como complemento ao tratamento farmacológico. b) O ensaio clínico indicou que 16 sessões de pranayamas apresentam efeito hipotensor crônico para PAS em pacientes com hipertensão arterial, mas não foram encontradas diferenças entre o GI e GCA. Porém, o baixo número de pacientes incluídos, limita as análises e as possíveis respostas da pressão arterial aos pranayamas. |