Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Marcela Ulhôa Borges [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151212
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Resumo: |
Esta tese tem como intenção sugerir a configuração de uma gramática do discurso amoroso (especificamente do amor-paixão), fundamentada sobre a noção tensiva do fenômeno acontecimento, bem como dos modos de presença. Serão tomadas como córpus de análise as letras de canção lírico amorosas de Chico Buarque, a partir das quais se pode observar como o discurso amoroso organiza-se de forma coerente, embora fragmentária, no que concerne à estruturação dos níveis fundamental, narrativo, discursivo, bem como à natureza das oscilações tensivas que o acometem. A relação do homem com o mundo está fundamentada sobre os modos de presença: a tensão criada pelo mecanismo de aproximação e distanciamento entre o sujeito e os objetos é a principal responsável por afetar seus estados de alma. A gramática amorosa nasce, assim, do excesso provocado pelo encontro extraordinário, que instaura uma fratura na isotopia da cotidianidade e transforma toda a rede axiológica do sujeito, de modo a interferir nas paixões que emanam do discurso; dessa forma, o campo de presença do sujeito nas letras do córpus selecionado, seja eufórico, seja disfórico, está, em alguma instância, relacionado à erupção do acontecimento e aos modos de presença. A configuração dessa gramática amorosa não é possível senão pela mobilização de expedientes da semiótica do sensível e da semiótica tensiva, que colocam no centro de suas preocupações a questão dos modos de presença e do acontecimento. Para tanto, são mobilizados principalmente: 1) os trabalhos elaborados por Greimas, Claude Zilberberg e Luiz Tatit, que permitem refletir sobre a passagem de uma semiótica da ação para uma semiótica do sensível; 2) a obra Fragmentos de um discurso amoroso, de Roland Barthes que, a partir de fragmentos e figuras descontínuas, recompõe a isotopia do discurso amoroso, bem como 3) textos da Teoria da Literatura, a exemplo das obras de Paul Valéry, Todorov e Octavio Paz, que contribuem tanto para a configuração de uma gramática do discurso amoroso, quanto para as análises realizadas. |