Avaliação tridimensional do côndilo mandibular em indivíduos pós-surto de crescimento pubertário após uso de Herbst bandado.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Kélei Cristina de Mathias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/155969
Resumo: O objetivo deste estudo prospectivo foi avaliar tridimensionalmente a remodelação e o deslocamento do côndilo mandibular na fossa articular nos indivíduos, pós-surto de crescimento pubertário, tratados com aparelho Herbst bandado. A amostra foi constituída por 24 indivíduos, de ambos os gêneros, leucodermas, com idade cronológica média de 16 anos e 1 mês. Os indivíduos foram tratados com aparelho Herbst bandado por um período de 8 meses (média da amostra: 9,8 meses). Para a avaliação da remodelação do côndilo mandibular foram utilizadas tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) em dois tempos, denominados de T1 (antes da colocação do aparelho e T2 (após a remoção do mesmo). As tomografias foram obtidas pelo tomógrafo i-CAT Classic e os dados foram exportados no formato DICOM (Digital Image and Comunication in Medicine) e avaliados no programa Dolphin® Imaging 11.5 Premium. As medidas foram analisadas nas imagens dos cortes multiplanares (planos coronal, sagital e axial) por um observador, previamente calibrado. Os dados obtidos foram calculados pelo sistema de coordenadas cartesianas tridimensionais em um programa de software Matlab desenvolvido pelo Departamento de Física e Biofísica, da Faculdade Estadual Paulista – UNESP de Botucatu. Para avaliar o grau de concordância entre as mensurações empregouse o coeficiente de correlação intraclasse (ICC). À exceção das medidas FOE (eixo Z), C1E (no eixo X) e C2-T2 em ambos os lados, todas as demais medidas apresentaram alto grau de reprodutibilidade, denotando que o erro do método pode ser desprezado. O deslocamento dos côndilos, no sistema de coordenadas cartesianas, foi calculado com o Ponto Zero na Base do crânio; a remodelação foi calculada com o Ponto Zero na média da distância dos forames mentuais direito e esquerdo, forneceu uma análise quantitativa e qualitativa e distâncias euclidianas. Com relação a base do crânio, o côndilo direito se deslocou de forma moderada (0,71mm) para baixo e de forma relevante (0,91mm) para frente; o côndilo esquerdo se deslocou de forma relevante (0,93mm) para baixo e de forma moderada (0,73mm) para frente. O côndilo direito remodelou de forma relevante 1,08mm para trás e se distanciou da média da distância dos forames mentuais de forma relevante (1,19mm); o côndilo esquerdo remodelou de forma relevante 0,98mm para cima e se distanciou da média da distância dos forames mentuais de forma relevante (0,93mm). Foram mensurados os espaçamentos entre os pontos nos côndilos direito e esquerdo, em relação a fossa articular, sendo observado aumento de forma média, do espaçamento superior do côndilo esquerdo (0,34mm). O tratamento não promoveu alterações significantes nas medidas no eixo X, constatando que não houve movimento de lateralidade. Conclui-se que, com relação a base do crânio, os côndilos direito e esquerdo se deslocaram para baixo e para frente. O côndilo direito remodelou para trás enquanto que o côndilo esquerdo remodelou para cima.