Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Alexandre Falcão de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204106
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Resumo: |
O presente trabalho trata da inserção da modalidade teatro de rua nos cursos de graduação presenciais de Artes Cênicas e de Teatro das instituições de ensino superior (IES) públicas brasileiras. De acordo com a pesquisa, dos 68 cursos presenciais ofertados por IES públicas no país, apenas cerca de 30 por cento inserem o teatro de rua em sua matriz curricular, seja como componente obrigatório ou optativo. No entanto, foi possível identificar a efetiva oferta de componentes de teatro de rua em somente 22 por cento dos cursos, indicando que a aludida modalidade teatral ainda segue marginal no ensino superior de teatro. Especialmente por meio da pesquisa de campo, verificou-se que, nas IES, o teatro de rua é ensinado e praticado de forma articulada às matrizes e vertentes ligadas a culturas populares; teatro político; circo e palhaçada; e intervenção urbana. Na pesquisa de campo, as matrizes popular e política do teatro de rua estiveram mais evidentes, tendo sido foco de aprofundamento da tese, com relatos e análises de experiências de diversas universidades. Em relação ao teatro de rua articulado às culturas populares, destacam-se notadamente os projetos pedagógicos e a práxis dos cursos de Teatro da Ufal, em Maceió e UFRN, em Natal. Nesses casos, o ensino de teatro de rua articula-se, mais especificamente, aos estudos de pedagogia das máscaras, danças populares e narração de histórias de inspiração africana. Concernente ao teatro político, foram observadas, em particular, experiências na UFGD, em Dourados, e na Unir, em Porto Velho, onde o ensino de teatro político de rua partiu de distintas abordagens, notadamente tendo como ponto de partida o texto (dramatúrgico, literário ─ em prosa ou verso ─ e jornalístico), e também a inspiração em (e adaptação de) formas da cenopoesia, do agitprop e do teatro do oprimido. Foi possível observar ainda que o ensino de teatro de rua, articulado às matrizes e vertentes previamente elencadas, tem amplo potencial educativo e político, de forma contextualizada às realidades regionais de cada um dos cursos, contribuindo para a reversão do histórico elitista e excludente do ensino superior de teatro no Brasil. |