Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Finatti, Rosemary Elza [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192988
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Resumo: |
Kate Chopin é uma das autoras mais importantes do Realismo americano, reconhecida como uma escritora moderna para a tradição literária do século XIX, sobretudo pelo viés crítico e pela abordagem temática notadamente transgressora de sua ficção. O universo feminino de suas narrativas constitui-se de personagens femininas que buscam liberdade e autoafirmação em meio à hostilidade da dominação masculina na cultura fin de siècle. The Awakening (1899), a obra-prima da autora, escandalizou a sociedade da época e consagrou-se por grande parte da crítica como um romance vulgar e mórbido ao apresentar a trajetória de autorrealização de Edna Pontellier. Por meio de atitudes subversivas, a heroína de Chopin desafia as convenções sociais e transcende as limitações da condição feminina impostas pela ideologia patriarcal. Através do mergulho epifânico no mar de Grand Isle, a protagonista desperta para um poder feminino que lhe impulsiona a buscar a emergência de sentido de suas próprias escolhas e a plenitude da vida que os papéis sociais de mãe e esposa não lhe asseguram. Nesse sentido, a presente dissertação de mestrado busca problematizar a presença do mito de Afrodite no romance por meio do reconhecimento da divindade da heroína de Chopin que se concretiza no desfecho da obra, apontando os elementos simbólicos associados à tal imagem articulada às instâncias narrativas e abordar a simbologia da deusa mítica como forma de contestação aos valores patriarcais. Para tanto, a análise será norteada pelos pressupostos teóricos de Sandra Gilbert e Susan Gubar a respeito dos estereótipos femininos construídos pela tradição literária de autoria masculina apontados na obra The Madwoman in The Attic, pela abordagem de Sandra Gilbert a respeito da presença da deusa Afrodite no romance apresentada no ensaio The Second Coming of Aphrodite, pelas considerações de Mircea Eliade, Julia Kristeva e Catherine Clément dedicadas à questão do sagrado feminino, pelos postulados de Jean-Pierre Vernant, Giuliana Ragusa, Jean Chevalier e Alain Gheerbrant acerca da deusa grega Afrodite bem como por textos críticos que embasam o valor simbólico do mar, da arte e do erotismo, cujas implicações míticas delineiam a volta da heroína para o mar como a deusa que ela representa. |