Estudo geofísico em uma área úmida em zona de recarga do Sistema Aquífero Guarani

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lenko, Bruna Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193022
Resumo: O Estado de São Paulo enfrenta sérios problemas no abastecimento hídrico há quase duas décadas, resultado do aumento exponencial das demandas urbanas e rurais, combinada com ineficiente gestão de recursos hídricos. Dentre muitas medidas para conceber um futuro seguro e sustentável da água, há a necessidade de proteger e recuperar mananciais e áreas de recargas. As áreas úmidas dentre diversas funções de relevância ecológica, social e econômica, atuam como zonas de infiltração das águas superficiais e promovem a recarga de aquíferos. Estas zonas possuem mecanismos complexos, pois integram as características do solo e hidrologia e relacionam tanto os sistemas superficiais quanto subsuperficiais. O presente trabalho visa compreender a relação de uma área úmida com a dinâmica freática local e sua arquitetura pedológica, através de um estudo de detalhe que combina ensaios de permeabilidade do solo in situ, o método geofísico da eletrorresistividade por meio da técnica de tomografia elétrica e descrições de solo por meio de tradagens exploratórias. A área de estudo está inserida numa Unidade de Conservação e proteção integral do bioma Cerrado, a Estação Ecológica de Itirapina, no Estado de São Paulo. O arcabouço geológico aflorante da área é formado por arenitos da Formação Botucatu, unidade aquífera do Sistema Aquífero Guarani (SAG). A zona úmida é identificada na paisagem como uma depressão topográfica no topo de platô. Os resultados integrados dos ensaios permitiram uma compreensão ampla da arquitetura em subsuperfície da área úmida. Valores de condutividade hidráulica e resistividade indicaram zonas de maior infiltração e atestaram a conexão direta entre as águas superficiais e subsuperficiais. A análise exploratórias de subsuperfície mostraram a presença de concreções lateríticas, feições de desmantelo geoquímico em nódulos absolutos de ferro e horizontes de gleisolo. E atestam a evolução do solo e sua hidrodinâmica.