Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Furlan, Lucas Moreira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182498
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Resumo: |
No Brasil, a captação de água para irrigação é de aproximadamente 1000 m³/s, caracterizando o maior consumo de água do território nacional. Como possível ambiente de estoque natural de água que cobre quase 20% do território, as áreas úmidas vem sendo drasticamente reduzidas pela conversão do uso da terra. As áreas úmidas promovem a infiltração das águas superficiais e caracterizam áreas de recarga de aquíferos. Nesse sentido, medidas e modelos relacionados aos solos com propriedades hidromórficas e seu papel na recarga de aquíferos constituem um desafio para compreender a dinâmica entre solo e água, a fim de atender o desenvolvimento sustentável. Neste estudo, análises baseadas em sensoriamento remoto, com o uso de sensores ópticos de alta resolução espaço-temporal a bordo de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT), associadas ao uso de técnicas não invasivas que permitem o mapeamento da arquitetura subsuperficial dos sistemas pedológicos (ensaios geofísicos de Eletrorresistividade, por Tomografia Elétrica), foram aplicadas para compreender a relação água-solo superficial e subsuperficial em uma área úmida da chapada sedimentar do oeste mineiro. A integração destes dados com ensaios in situ de permeabilidade e de densidade e granulometria dos solos, permitiu uma abordagem ampla e tridimensional do comportamento dos parâmetros hidrogeológicos na área úmida. Os resultados permitiram determinar que a área úmida estudada é uma depressão que possui três compartimentos com distinções topográficas e morfológicas. Para cada compartimento foi possível calcular o volume de água que pode ser armazenado. O compartimento 1 (borda externa da área úmida) pode estocar 313.121 m³, enquanto o compartimento 2 (intermediário) e 3 (central) podem estocar 85.923 e 17.952 m³, respectivamente. Os modelos gerados pela Tomografia Elétrica, permitiram identificar a zona de recarga direta do aquífero localizada no centro da área úmida (compartimento 3), e identificar fluxo horizontal nos primeiros metros de profundidade, seguido por fluxo lateral da água subterrânea em maiores profundidades, em direção a sudoeste e nordeste, em razão da presença de uma cama argilosa, densa e desferruginizada. A área úmida em questão alaga no período das chuvas, o que a caracteriza como um reservatório sazonal natural. |