Estudo experimental de implantes com superfície ativada pela tetraciclina: caracterização topográfica, histométrica, histoquímica e imunohistoquímica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Almeida, Melyna Marques de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204576
Resumo: Modificações topográficas e físico-químicas da superfície dos implantes têm sido propostas para aumentar a porcentagem de contato osso-implante, principalmente em áreas de tecido ósseo de menor densidade, favorecer as respostas biológicas em um período de reparo mais curto e, consequentemente, favorecer o sucesso a longo prazo dos implantes osseointegráveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar experimentalmente a modificação de superfície de implantes dentários pela adição de tetraciclina com avaliações pela Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Energia Dispersiva de Raios X (EDS), medidas do ângulo de contato e processo de reparo peri-implantar pelo método imunohistomorfometrico. Foram utilizados quarenta e oito implantes (1,6mm de diâmetro e 4,0 mm de comprimento) e 6 discos de titânio (6mm de diâmetro e 1,5 mm de espessura) divididos em dois grupos: Grupo Tratamento Ácido (GA) e Grupo Tratamento Tetraciclina (GT). Para análise topográfica utilizou seis implantes com distribuição igual entre os grupos. Para a análise de rugosidade utilizou-se os 6 discos de titânio com distribuição igual entre os grupos Para os testes em animais foram utilizados 42 implantes e 42 ratos Wistar igualmente divididos em dois grupos com implantes instalados na tíbia e divididos em três períodos experimentais: 7,30 e 60 dias. Os espécimes foram processados para avaliação histológica e imunoistoquímica. Resultados: A topografia de superfície revelou que GA apresentava microcavidades de rugosidade homogênea, sem contaminação da superfície e com picos de titânio e oxigênio. GT apresentou superfície mais homogênea e regular quando comparado GA, também revelou picos de titânio e oxigênio predominantemente, com presença de discretos picos correspondentes aos elementos cálcio (Ca), fósforo (P), Carbono (C) e Magnésio. GA não apresentou molhamento enquanto GT apresentou um molhamento parcial. Comparando os valores das porcentagens da extensão de tecido ósseo em contato com a superfície do implante (BIC) e a área ocupada por tecido ósseo nas três primeiras roscas do implante (BAFO) apenas em 30 dias apresentou diferença estatística significativa (p<0,05). Os resultados imunohistomorfométricos apontam para a elevada sequência dinâmica dos processos biológicos de reparo nos primeiros 30 dias após a inserção do implante em ambos os grupos, tendendo ao equilíbrio aos 60 dias. Conclusão A superfície ativada pela tetraciclina se mostrou biocompatível, com ausência de reações inflamatórias junto ao tecido peri-implantar e uma ossificação adequada, sendo qualitativamente e quantitativamente superior ao grupo controle, sugerindo uma osseointegração precoce.