Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Paula, Gláucia Luciane Cham Menezes Cândido de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237112
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Resumo: |
A pesquisa que originou essa tese analisou experiências consideradas mais relevantes em termos de qualidade do trabalho extensionista, investigando se tais experiências se aproximam (ou não) dos princípios e objetivos da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), de 2010, na Microrregião Geográfica de Fernandópolis-SP. Inicialmente foram coletadas indicações, de trabalhos/projetos de extensão rural que mais se destacavam quanto à qualidade, desenvolvidos com o público abrangido pela PNATER. A seleção, das quatro experiências de extensão rural da referida Microrregião e que envolveram sete extensionistas (pois três atuaram no mesmo projeto), foi realizada a partir de indicações das instituições de extensão rural, representantes dos agricultores familiares e de outras entidades. Utilizou-se a entrevista com roteiro semiestruturado, com o intuito de conhecer cada experiência de forma ampla, além de verificar possíveis relações com os princípios e objetivos da PNATER. Após a primeira etapa do trabalho foi selecionada a Associação dos Pequenos Produtores Rurais Assentamento Santa Rita (Populina/Turmalina), que participaram do Projeto Microbacias II, e aplicado um questionário junto a 33 agricultores associados, com o objetivo de analisar a visão dos agricultores sobre o trabalho de extensão em estudo, além comparar com os princípios e objetivos da PNATER. A análise evidenciou que em todos os trabalhos/projetos buscou-se a participação do público, mas com pouca diversidade de métodos, devido à dificuldade dos extensionistas em adotarem metodologias que envolvem maior participação do público (dinâmicas de grupo). Também foram pouco frequentes ou estavam ausentes conteúdos referente ao sistema de produção de base ecológica, compartilhamento de saberes (científico/tradicional) e temas transversais como a equidade de gênero. Os agricultores reconhecem o esforço dos extensionistas para que participassem do processo de discussão e definição do projeto, assim como a utilidade e importância dos bens adquiridos. Ressentiram com a descontinuidade do trabalho de extensão rural em função do recuo de algumas políticas públicas e do advento da pandemia, que tornou inviável até mesmo as reuniões entre os associados. Todos os trabalhos trataram de mais de um princípio e alguns objetivos presentes na PNATER, mas sem estarem articulados de modo efetivo para atender o Princípio I e o Objetivo I da PNATER as quais tratam do desenvolvimento rural sustentável. Concluiu-se que a formação incompleta e/ou a não atualização dos extensionistas (não conhecem a Lei), tanto em termos de conteúdo quanto à perspectiva humanista crítica, que serviu de base para a elaboração dos princípios e objetivos da PNATER, pode ser um dos motivos de tais dificuldades e de algumas lacunas temáticas nas experiências estudadas. |