Desenvolvimento e caracterização de lipossomas de ramnolipídeos encapsulados com peptídeos inibidores de topoisomerases bacterianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sanches, Beatriz Cristina Pecoraro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153966
Resumo: O sistema ParE-ParD é um sistema toxina-antitoxina (TA) onde ParE atua como a toxina e ParD a antitoxina. ParE tem comprovada atividade de inibição do sítio catalítico das enzimas DNA girase e Topoisomerase IV (Topo IV), sendo esta uma atividade que pode ser aproveitada para fins terapêuticos. ParELC3, um peptídeo derivado à ParE também apresenta esta habilidade de inibição enzimática in vitro, contudo, experimentos também comprovam a dificuldade de permeabilidade e alta complexidade estrutural que este material apresenta, o que pode ser um problema para sua aplicação para fins terapêuticos. Assim, com a intenção de viabilizar o potencial biotecnológico deste peptídeo, foi feita sua incorporação em lipossomas compostos majoritariamente por ramnolipídeos. Este biotensoativo, produzido pela rota fermentativa da Pseudomonas aeruginosa, foi selecionado por ser considerado “sustentável”, ter atividade antimicrobiana intrínseca e ainda ser pouco empregado para fins nanotecnológicos. Ensaios de caracterização físico-química e morfológica, via espalhamento de luz dinâmica (DLS), microscopia eletrônica e transmissão (MET) e microscopia eletrônica de transmissão-crio (MET- Crio) dos lipossomas foram realizados e comprovou-se a formação de bicamadas unilamelares. Ensaios de eficiência de encapsulação mostraram que os sistemas lipossomais incorporaram entre 44 e 61% de ParELC3. Em relação à atividade antimicrobiana, as versões de ParELC3 incorporado nos lipossomas de ramnolipídeos foram mais eficientes frente a E. coli e S. aureus quando comparados à atividade antimicrobiana de ParELC3 livre. Realizou-se estudos de estabilidade e de liberação prolongada do sistema lipossomal, e comprovou-se que os lipossomas prolongam a liberação de ParELC3, mantendo a estabilidade média dos mesmos por até 20 dias. Mostrou-se que na concentração dos experimentos, os lipossomas compostos de ramnolipídeos não são tóxicos para células HepG2, assim como o peptídeo ParELC3 livre. Acredita-se que com o lipossoma obtido com ParELC3 pode ser utilizado no combate às infecções bacterianas.