Sistemas socioecológicos, resiliência e as comunidades locais de Cateme: os impactos da mineração do carvão em Moatize, Moçambique, no período de 2010-2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Notice, Joaquim [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152358
Resumo: Esta pesquisa resulta da perspectiva de verificação dos efeitos degradantes da ação das mineradoras concessionadas para a exploração do carvão em Moatize, Moçambique, com objetivo de analisar os impactos adversos sobre as comunidades locais de Cateme, fruto da relação direta entre livrar-se da pobreza que o país se encontra mergulhado desde a sua independência, e o quadro legal do processo em território moçambicano, que envolvessem investimentos privados, nacionais e estrangeiros, suscetíveis de contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar social do país. A hipótese é de que as comunidades locais de Moatize acreditam na possibilidade do aparecimento de mais empresas, tal como a Vale Moçambique, para a extração dos recursos naturais nos seus lugares de origem, gerando assim piores condições de vida para elas. A metodologia do interacionismo simbólico, articulado principalmente por uma abordagem etnográfica, nos permitiu junto das populações abrangidas pelo processo de reassentamento em Cateme, mesmo nas cidades de Moatize e Tete, constatar a situação deplorável derivada da exploração desequilibrada e não sustentável do carvão na província de Tete. Diante disso, como forma de oferecer informações para o resgate da concordância e o conforto das comunidades locais, trabalhamos com a presente tese, fundamentados nas teorias de resiliência de comunidades e dos sistemas socioecológicos, justificada no contexto de um processo atual que envolve a superação de condições adversas das comunidades locais em suas vidas, fortalencendo os processos de resiliência comunitária. Entendemos, ao partirmos deste estudo, buscar uma relação socioecológica mais justa e responsável, contemplando a sustentabilidade das diversas comunidades locais, por meio de uma gestão ambiental participativa e adaptativa, integrando as instituções governamentais, as multinacionais e a população, na tomada de decisões e de políticas públicas voltadas à conservação dos recursos naturais e à preservação das raízes socioculturais tradicionais, cooperando no desenvolvimento da resiliência das comunidades envolvidas, a fim de proporcionar uma qualidade de vida e ambiental adequada para a população em Moçambique, diante das transformações referentes às multifuncionalidades de suas paisagens.