Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Morais, Angelita Vieira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/238002
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Resumo: |
Esta pesquisa está ancorada em uma metodologia qualitativa, caracterizando-se como uma pesquisa exploratória e, também, como um estudo de caso. A pesquisa teve como objetivo geral analisar os limites e as contribuições de um curso, com carga horária de 30 horas, intitulado “O ensino de Física para alunos com e sem deficiência visual”. Esta investigação visou responder às seguintes questões: “Quais reflexões os licenciandos tiveram a oportunidade de vivenciar e participar, no decorrer do curso? Houve indícios de mudança nas suas concepções sobre o conceito de deficiência? Houve indícios de mudança nas suas concepções sobre o capacitismo? O que poderia ter sido discutido, abordado, no decorrer do curso, e não foi?”. Ademais, esta pesquisa se pautou nos seguintes objetivos específicos: levantar informações, por meio de uma revisão de literatura, sobre os saberes docentes para a inclusão do aluno com deficiência visual em aulas de Física, na formação inicial do professor de Física; organizar e aplicar um curso sobre o ensino de Física para alunos com deficiência visual, voltado para licenciandos em Física; analisar os discursos dos participantes da pesquisa no decorrer do curso. A proposta foi organizada a partir dos saberes docentes para a inclusão do aluno com deficiência visual em aulas de Física, propostos pelo professor Eder Camargo. A pesquisa envolveu alunos de um curso de Licenciatura em Física de uma universidade pública e diversos foram os instrumentos de coletas de dados. Entretanto, apenas questionários e transcrições das aulas constituíram o corpus a analisar. A análise foi feita por meio da técnica da Análise de Conteúdo de Bardin (2016). De forma geral, o curso trouxe as seguintes contribuições: permitiu levantar alguns preconceitos, vividos pela pessoa com deficiência visual, em aulas de Física e delinear o capacitismo de área; permitiu compreender que os saberes docentes propostos por Camargo (2012) são extensivos a outras especificidades e possibilitam a desestruturação do capacitismo no contexto educacional, no que tange às aulas de Física; permitiu o surgimento de outras temáticas durante as discussões que aconteceram no decorrer do curso; e possibilitou uma desestruturação da concepção de que a Física é visual. A partir da análise, também foi possível verificar os seus limites: permanência de discursos capacitistas ainda ao final do curso, permanência de termos inadequados ao fazer alusão às pessoas com deficiência. Além disso, as discussões ocorridas não alcançaram o modelo pós-social da deficiência. |