Percepção do suporte social e trajetória acadêmica de estudantes com transtornos do espectro autista em uma universidade pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Olivati, Ana Gabriela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152670
Resumo: Esta pesquisa objetivou descrever e analisar como estudantes com Transtornos do Espectro Autista (TEA) percebem sua trajetória acadêmica, no contexto universitário. Participaram da investigação seis estudantes de uma universidade pública do Estado de São Paulo, que se autodeclararam com Transtornos do Espectro Autista no ato da rematrícula no sistema eletrônico de graduação da instituição. Para a coleta de dados, foi utilizada a Escala de Percepção do Suporte Social – EPSS, a Escala de Avaliação de Traços Autísticos - ATA e um roteiro norteador de entrevista. Os dados extraídos com a aplicação do roteiro de entrevista foram analisados qualitativamente, de acordo com o procedimento de núcleo de significação, descrito por Aguiar e Ozella (2006). Os dados obtidos por meio da correção da “Escala de percepção do suporte social” e da “Escala de Traços Autísticos” foram analisados quantitativamente. A média dos escores obtidos com a EPSS foi de 2,1 para o suporte prático e 1,9 para o suporte emocional. Os núcleos de significação encontrados por meio da análise das entrevistas foram: 1) Trajetória escolar básica de estudantes com TEA: experiências educacionais e dificuldades enfrentadas; 2) Trajetória Universitária de estudantes com TEA: vivências e fatores influenciadores; e 3) Significado e sentido da trajetória universitária de estudantes com TEA. Foi possível averiguar falta de percepção do suporte social, durante a graduação. Os participantes do estudo relataram principalmente aspectos referentes ao bullying, despreparo de profissionais e complicadores relacionados à condição do TEA. Além disso, foram ressaltadas dificuldades com métodos de ensino e avaliação propostos durante a graduação. Por fim, embora tenham sido observadas soluções pontuais diante das demandas dos participantes, foi possível averiguar que a universidade pública - foco do estudo - ainda tem muito a fazer, para que as prescrições normativas contidas na Lei Brasileira de Inclusão, recentemente promulgada, possam ser efetivadas em solo acadêmico.