Alterações esqueléticas associadas à expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente: análise por sobreposição de modelos tomográficos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Talles Fernando Medeiros de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180727
Resumo: A expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente (ERMAC) é uma técnica amplamente aceita para o tratamento das deficiências transversais de maxila em pacientes adultos. Este estudo avaliou as alterações esqueléticas tridimensionais em maxila e mandíbula decorrentes da ERMAC. Um estudo retrospectivo foi realizado com as imagens tomográficas de 20 pacientes adultos submetidos a ERMAC. O método de sobreposição tridimensional da base do crânio e análise de correspondência de forma foram utilizados nas tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) obtidas antes da ERMAC (T1) e seis meses após expansão (T2) para avaliar as alterações esqueléticas associadas a ERMAC, a assimetria ocorrida durante a expansão e as alterações de posicionamento mandibular após a ERMAC. A sobreposição por semitransparência e o mapa de cores e vetores foram utilizados para avaliar qualitativamente as alterações esqueléticas após a ERMAC. Oito regiões de interesse na maxila e cinco regiões de interesse na mandibula foram selecionadas para quantificação das diferenças entre os tempos T1 e T2. Testes não paramétricos foram utilizados na análise estatística. As regiões maxilares analisadas apresentaram aumento significativo após a ERMAC, com maiores deslocamentos observados na região de ectocanino e ectomolar. Foi observado assimetria na expansão em até 40% dos pacientes quando avaliado na região de molares e de 25% na região de canino. No entanto, não foi observada associação entre o tipo de mordida cruzada posterior e a presença de assimetria nas expansões. As mudanças posturais na mandíbula após a ERMAC não influenciaram as medidas cefalométricas avaliadas, apesar de ter sido observado um movimento predominante no sentido póstero-inferior na região do mento em 70% dos pacientes. A região do gônio apresentou movimentos predominantes no sentido posterior em 60% da amostra, ao passo que os côndilos não apresentaram padrão de deslocamento predominante entre os indivíduos. A análise de correspondência de forma permitiu avaliar as alterações esqueléticas em diferentes regiões da maxila e mandíbula após ERMAC. A expansão maxilar no nível esquelético ocorreu por rotação e inclinação dos segmentos maxilares. Diferentes padrões de expansão foram observados de forma individual, variando desde expansões clinicamente simétricas até expansões assimétricas no qual foi obsrvado expansão em apenas um segmento maxilar. Os deslocamentos mandibulares observados após ERMAC não foram suficientes para promover mudanças significativas no padrão esquelético dos pacientes.