Constituição de identidades e novas perspectivas de vida: protótipo para o trabalho com memes nas aulas de língua portuguesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pitta, Francieli Major [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202236
Resumo: O presente trabalho, desenvolvido no âmbito do Programa de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS-UNESP), elaborou um protótipo de ensino (ROJO, 2017) para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do interior do estado de São Paulo com o objetivo de formular uma proposta de trabalho com o meme na perspectiva do gênero discursivo, baseada na teoria de Bakhtin (2010a). Essa proposta foi elaborada sob a temática da igualdade de gêneros entre homens e mulheres, bem como o papel mulher em nossa sociedade, de modo a contribuir para instaurar, junto aos alunos, processos de reflexão e promover a constituição de sujeitos mais conscientes de sua posição no mundo e com novas perspectivas de vida, que não se limitem apenas ao trabalho braçal e ao casamento, haja vista a realidade local. Para tanto, este estudo pretendeu ser de natureza interventiva, seguindo os critérios e princípios da pesquisa-ação elaborados por Thiollent (2011), entretanto, devido ao contexto pandêmico vivenciado histórica e mundialmente por causa Novo Coronavírus, o COVID-19, as aulas presenciais, no ano de 2020, foram suspensas como medida de segurança, o que impossibilitou a intervenção. Dessa forma, este trabalho configurou-se como pesquisa teórica com proposta de trabalho que fundamentou-se nos estudos dos letramentos e novos multiletramentos estabelecidos por Kleiman (1995) e Rojo (2012), os quais permeiam os documentos oficiais da rede de educação, sendo eles os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1997), as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (2013), o Plano Nacional da Educação (PNE, 2014) e os documentos pautados nestas leis: o Currículo Paulista do Ensino Fundamental (2019) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017). Embora não tenha sido possível a intervenção, esta pesquisa resultou na elaboração de um protótipo de ensino dentro dos parâmetros instaurados por Rojo (2017) intitulado “Quem sou eu, quem é o outro?” que tem por finalidade discutir e refletir sobre o papel social da mulher e as violências pelas quais sofre. Além disso, o desenvolvimento da pesquisa impactou indubitavelmente minha formação docente. Em outras palavras, esta pesquisa devolveu à sala de aula uma profissional mais comprometida e consciente de seu fazer docente; uma profissional alinhada às teorias que fundamentam e legitimam o trabalho em sala de aula e atenta às necessidades dos alunos.