Estudantes com autismo em escolas democráticas: práticas pedagógicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Heradão, Julia Gomes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192688
Resumo: A presente tese tem por objetivo investigar o processo de inclusão de estudantes com autismo em escolas democráticas, norteado pela seguinte questão de pesquisa: Como são as práticas pedagógicas no processo de inclusão dos estudantes com autismo em escolas democráticas? A pesquisa qualitativa de caráter estudo de caso utilizou como instrumentos de coleta de dados a observação participante, a análise documental, entrevistas abertas e semiestruturadas e fotografias. O referencial teórico adotado foi a perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano de Vigotski. A pesquisa foi desenvolvida em duas escolas democráticas: EMEF Amorim Lima em São Paulo e Maria Peregrina em São José do Rio Preto interior do estado de São Paulo. O tempo de permanência no campo foi de duas semanas em casa escola, totalizando vinte dias. Participaram da pesquisa: três estudantes com autismo e onze pessoas da equipe escolar dentre eles: cinco professores, dois professores do atendimento pedagógico especializado, uma estagiária, uma auxiliar de vida escolar, uma coordenadora e uma diretora. Durante e principalmente após a coleta de dados o material foi organizado da seguinte forma: primeiro foi feito a digitação das observações registradas no caderno de campo, as entrevistas foram contextualizadas e transcritas, as fotografias foram organizadas por data e hora, assim como os documentos: quadro de horário das atividades escolares dos estudantes, roteiros de estudos e planejamento do atendimento educacional especializado. Estes materiais depois de organizados foram intercruzados no sentido de resultar na descrição de quatro cenas que retratam a prática pedagógica vivenciada com mais frequência, por cada um dos três estudantes participantes. Como resultado temos a indicação pela escola de estudantes com autismo como aqueles que demandam maior desafio no processo de inclusão. A sistematização das práticas pedagógicas possibilitou a elaboração de treze cenas, elas indicam que mesmo em escolas democráticas as práticas pedagógicas aproximam-se daquelas vivenciadas em escolas tradicionais. A análise demonstrou que as práticas pedagógicas sofrem com as indeterminações teóricas e lacunas na construção e consolidação do conhecimento sobre a prática pedagógica no sentido de práxis e seus determinantes.