Caracterização das alterações laboratoriais e histopatológicas associadas à obstrução uretral experimentalmente induzida em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Costa, Hugo Leonardo Riani [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/89277
Resumo: A obstrução uretral é uma emergência clínica freqüente no atendimento de pequenos animais. Com a evolução do quadro, ocorre parada na filtração glomerular e, consequentemente, desenvolvem-se várias alterações nos equilíbrios hídrico, eletrolítico e ácido-básico, além do acúmulo de metabólitos nitrogenados e toxinas orgânicas. Podem ocorrer modificações histopatológicas nos rins e na bexiga. Objetivou-se, neste estudo, caracterizar prospectivamente as alterações laboratoriais e histopatológicas de ratos apresentando obstrução uretral. Para tanto, foram utilizados 21 ratos Wistar com obstrução uretral induzida. Foram realizados os seguintes exames: hemogasometria venosa e determinação dos níveis de uréia, creatinina, sódio, potássio, cloreto, cálcio e fósforo. As avaliações foram repetidas a cada 8 horas durante 24 horas. Após esse período os animais foram eutanasiados e as bexigas e os rins enviados para exame histopatológico. Entre os exames bioquímicos, foram observadas elevações estatisticamente significativas nos níveis de uréia, creatinina, fósforo, magnésio e potássio, e diminuição nos níveis de cloreto. Com relação à hemogasometria, houve diferença estatisticamente significativa entre os valores de pH, PO2, PCO2, excesso de base, saturação de oxigênio e lactato. O exame histopatológico renal revelou a presença de alterações tubulares e glomerulares, enquanto a análise histopatológica das bexigas demonstrou a presença de hemorragia, separação de fibras musculares e infiltrado inflamatório. Conclui-se que a obstrução uretral provoca alterações que podem ser detectadas nos exames laboratoriais, sendo as mesmas agravadas no decorrer do tempo. Além disso, a persistência durante 24 horas é capaz de levar a alterações morfológicas no trato urinário.