Um olhar sobre a oferta dos itinerários formativos em duas escolas de ensino médio da cidade de Franca-SP.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Machado, Kelen Careta [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258115
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=A9611FE16913BF0ADABC8A01B5818C7A#
https://orcid.org/0000-0003-3417-8897
Resumo: Neste estudo, analisar-se-ão os Itinerários Formativos propostos pela Reforma do Ensino Médio, instituída pela Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016, pelo presidente Michel Temer, e aprovada em 17 de fevereiro de 2017, que deu origem à Lei nº 13.415/2017. Essa política pública, inserida no campo educacional, surgiu em meio a diversas mudanças no contexto político brasileiro e alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O novo currículo do Ensino Médio é composto por duas partes: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Itinerários Formativos (IF), que objetivam criar oportunidades para que os estudantes tenham experiências educativas contextualizadas à realidade que vivenciam, permitindo-lhes conhecer, criar e empreender projetos presentes e futuros. Considerando a problemática de que nem todas as escolas possuem estrutura física, pedagógica e professores adequados para ofertar todos os Itinerários Formativos, esta investigação teve como objetivo geral analisar como os Itinerários Formativos estão sendo oferecidos em duas escolas públicas de Ensino Médio - uma de ensino integral e outra de ensino regular - na cidade de Franca (SP). Os objetivos específicos foram: identificar quais Itinerários Formativos estavam sendo oferecidos; detectar a estrutura física, pedagógica e os recursos humanos que as escolas possuíam para oferecê-los; revelar o que pensavam os alunos, professores e diretores das duas escolas sobre os Itinerários; e apontar caminhos para a avaliação dessa política pública. O percurso metodológico contou com uma abordagem qualitativa, iniciada por um levantamento bibliográfico, com leitura e análise de livros, artigos, teses, anais de eventos, entre outros documentos, para compreender o percurso da Reforma do Ensino Médio desde a sua concepção até a implementação dos Itinerários Formativos, bem como o acesso a documentos oficiais. A segunda parte constituiu-se de uma pesquisa de campo, realizada por meio de entrevistas individuais semiestruturadas com os participantes da pesquisa. A técnica utilizada para a análise dos dados das entrevistas foi a análise de conteúdo, sob a perspectiva da teoria desenvolvida por Bardin (1977). Os resultados apontam que, na época das entrevistas, as duas escolas de Franca-SP não contavam com estruturas adequadas para a oferta de todos os Itinerários Formativos; havia falhas quanto à atribuição de aulas aos professores, que nem sempre possuíam as qualificações necessárias para ministrar aula no itinerário a que foram designados, e o material pedagógico ainda era improvisado, considerado por eles como muito fraco e insuficiente para favorecer aprendizagens significativas. É importante destacar que alguns professores não acreditam na eficácia da escola onde ensinam. Somado a isso, os alunos não tiveram suas preferências atendidas na escolha dos Itinerários Formativos e sentiram-se prejudicados com a retirada de disciplinas importantes para a sua formação geral, em nome de uma formação voltada para atender às necessidades do mercado de trabalho.