A produção de sentidos sobre itinerários formativos na reforma do ensino médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Glasiele Lopes de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19150
Resumo: A presente dissertação se insere no âmbito das discussões acerca da Reforma do Ensino Médio implementada pela Lei nº 13.415/17. Estritamente, analisa a produção de sentidos sobre os itinerários formativos, que compõem 40% do currículo na nova legislação, contextualizando-os nas imposições do neoliberalismo econômico. A pesquisa partiu das principais questões: Quais sentidos estão em disputa sobre os itinerários formativos em um contexto de precarização das relações de trabalho? De que forma na flexibilização do currículo está subsumida a correlação de forças do Estado capitalista e da classe trabalhadora na formação dos/as jovens brasileiros/as? A escolha individual pelo processo formativo dos/as alunos/as no “novo” ensino médio pode ser efetivada ou será definida pela oferta? Quais determinações entram em jogo com a ideia trazida de que o/a estudante tem liberdade na escolha do itinerário formativo? Estabelecemos como objetivos da pesquisa: compreender os itinerários formativos a partir da análise da Reforma do Ensino Médio como política educacional que se vincula à formação para o trabalho simples e flexível nos marcos do neoliberalismo; discutir a relação entre os itinerários formativos e a ideologia neoliberal; levantar e analisar documentos produzidos no contexto da aprovação da Reforma do Ensino Médio que expressam as vozes dos sujeitos que disputam políticas educacionais para o ensino médio, em particular, os itinerários formativos. A fundamentação teórico-metológica da pesquisa está ancorada na perspectiva do materialismo histórico dialético de Karl Marx, em diálogo com outros autores que contribuem para o estudo da relação de forças entre Estado, sociedade, capital, educação e trabalho. Como procedimento metodológico, utilizamos fontes bibliográficas e documentais. Concluímos que os itinerários formativos, impostos pela reforma, reiteram o projeto societário do Estado capitalista para a formação do trabalho simples e desregulado de direitos para jovens oriundos da classe trabalhadora