Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Vivian de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/296335
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Resumo: |
Há evidências na literatura de que o uso de mídias sociais impacta a saúde mental e a imagem corporal dos indivíduos, porém estudos sobre esse impacto em atletas com deficiência são escassos. Assim, este estudo teve como objetivo verificar a relação entre o uso de mídias sociais, a apreciação corporal e a saúde mental de atletas com deficiência física. Trata-se de uma pesquisa mista, observacional e transversal, envolvendo 66 praticantes de modalidades paralímpicas. Os participantes responderam a oito instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Questionário Específico, “Sua Atividade”, Questionário de Uso Problemático da Internet (PIUQ-SF-9), Escala FoMO (Fear of Missing Out Scale), Escala de Apreciação Corporal-2 (BAS-2), Escala de Saúde Mental Positiva (MHC-SF) e Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). A análise qualitativa incluiu categorizações, enquanto a análise quantitativa incluiu estatísticas descritivas (frequências absolutas e relativas, média, desvio-padrão, mediana e quartis). Foram aplicados testes estatísticos como Shapiro-Wilk (normalidade), Alfa de Cronbach e Ômega de McDonald (consistência interna), correlação de Spearman (variáveis numéricas), Mann-Whitney e Kruskal-Wallis (comparações), além de análises de tamanho de efeito. Os principais resultados sobre os hábitos de uso de mídias sociais indicaram que o Instagram é a plataforma mais utilizada pelos atletas, e a maioria dos participantes utiliza essas plataformas antes (56,92%) e após (74,24%) os treinamentos, bem como antes de dormir (84,85%). Além disso, a maior parte dos atletas não acredita que o uso de mídias sociais possa ter um efeito negativo, mas considera que pode trazer benefícios para o desempenho esportivo (57,58%). O tempo total gasto em mídias sociais correlacionou-se positivamente com o uso problemático da internet (ρ = 0,36). Diferenças significativas foram observadas em variáveis psicométricas como uso problemático da internet (valor-p = 0,029), saúde mental positiva (valor-p = 0,033) e depressão (valor-p = 0,036), de acordo com o tempo total de uso. O uso problemático da internet associou-se positivamente a FoMO (ρ = 0,292), depressão (ρ = 0,382), ansiedade (ρ = 0,4) e estresse (ρ = 0,448), e negativamente à saúde mental positiva (ρ = -0,248) e à apreciação corporal (ρ = -0,301). Comparações entre grupos com e sem uso problemático da internet revelaram diferenças significativas no tempo de uso do Instagram (valor-p = 0,004) e no tempo total em mídias sociais (valor-p = 0,002). FoMO correlacionou-se negativamente com saúde mental positiva (ρ = -0,263) e positivamente com estresse (ρ = 0,353). A apreciação corporal apresentou correlação positiva com saúde mental positiva (ρ = 0,414) e negativa com depressão (ρ = -0,389). Conclui-se que as mídias sociais estão amplamente presentes na vida dos atletas paralímpicos e que seu uso frequente, especialmente em termos de tempo de exposição e de uso problemático da internet, está associado a impactos negativos na saúde mental e na apreciação corporal dos atletas. No entanto, o uso problemático da internet parece ser um fator mais relevante do que o tempo total de uso para explicar variações nesses indicadores. |