Equipamentos cineteatrais: usos e simbolizações de espaços culturais nas capitais centro-oestinas no Estado Novo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lion, Antonio Ricardo Calori de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148703
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar e refletir a função político-cultural que tiveram os Cine-Teatros Cuiabá e Goiânia, a partir do processo de intervenções urbanas. No início dos anos de 40 as Interventorias em Mato Grosso e Goiás construíram os cineteatros nas capitais centro-oestinas, edifícios incluídos nos projetos de modernização das cidades; no caso de Goiânia, o cineteatro fazia parte das obras institucionais para construção da nova capital. Partindo do conceito de invenção de tradições proposto por Eric Hobsbawm almeja-se analisar o processo ocorrido nos estados mencionados enquanto parte fundamental para a política estado-novista de Getúlio Vargas, em que se observa a cultura como elemento intrínseco para o projeto de modernização cuiabano e goianiense. Neste contexto, a Marcha para o Oeste fora um projeto importante por compor o ideal de colonização de não-índios enquanto parte fundamental da ideia de progresso construída - sobretudo pela propaganda - sobre os dois Estados. As intervenções urbanas em Cuiabá iniciadas no final dos anos 30 e continuadas até 1945 colocam em questão os modernos projetos urbanísticos e arquitetônicos para uma cidade de origem colonial. Em Goiânia, as intervenções emergiram inteiramente por concepções modernas. As principais fontes de pesquisa foram os periódicos; peças teatrais levadas aos palcos dos espaços em questão e também a própria materialidade dos edifícios. Pretende-se com este trabalho contribuir para se (re)pensar o período estado-novista no Centro-Oeste, trazendo para o debate os espaços destinados à cultura em uma proposta de leitura no entroncamento entre história, arquitetura e teatro.