Manguezais urbanos de São Sebastião (litoral norte de São Paulo): análise espaço-temporal, caracterização estrutural e lixo no mangue

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Destito, Maria Carolina de Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258983
Resumo: A resiliência dos manguezais urbanos frente às interações e impactos antrópicos será eficiente se o ecossistema estiver saudável, recebendo o aporte de nutrientes, a frequência de inundações periódicas e a redução de efeitos estressores que os afetam. A complexidade estrutural da vegetação de mangue amplia a capacidade de capturar e acumular lixo de diversas origens e tamanhos, além do constante fluxo de água das marés ser um facilitador no transporte dos resíduos sólidos. O presente estudo visa avaliar os manguezais urbanos de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, considerando a análise espaço-temporal, caracterização estrutural e o lixo no mangue. Para tanto, foram selecionadas três subáreas de florestas urbanas de mangue, Norte (Enseada), Centro (Colhereiro) e Sul (Barra do Sahy), que foram analisadas durante as estações do outono, inverno e primavera de 2023 e o verão de 2024. O mapeamento espaço-temporal de cada subárea foi elaborado com auxílio de imagens de satélite obtidas no Google Earth Pro, entre 2002 e 2023 e calculada a área total dos manguezais urbanos em cada ano. Os resultados mostraram que aumento dos manguezais na subárea Centro e redução no Norte e Sul. Os dados de caracterização estrutural de vegetação típica de mangue e do lixo no mangue em cada subárea, foram estudados utilizando-se as metodologias de Schaeffer-Novelli et al. (2015), GESAMP (2019) e UNEP (2009), respectivamente. As três subáreas apresentaram desenvolvimento e características estruturais arbóreas de indivíduos jovens, com dominância em área basal para indivíduos mortos na região Norte, e para o Centro e Sul dominância de indivíduos vivos. Na região Norte, houve dominância de Laguncularia racemosa (mangue branco). No manguezal localizado no Centro, as três parcelas apresentaram predomínio de Avicennia schaueriana (mangue preto) com poucos representantes de Rhizophora mangle (mangue vermelho) e L. racemosa. Já a região Sul é composta por uma floresta com dominância de L. racemosa, mas também com representantes de R. mangle e A. schaueriana. Em todas essas subáreas do estudo foram encontradas diversas categorias de lixo, sendo o plástico o material em maior abundância em todas as coletas. É importante destacar, que na subárea Sul foi coletada o maior volume de lixo no mangue (11,5 kg), somado as coletas de todas estações. Em relação à abundância, a subárea Norte apresentou maior dominância para o plástico. A divulgação dos resultados foi por meio de redes sociais. A presente pesquisa é uma ferramenta que contribui para a conservação do ecossistema manguezal no município, utilizando o monitoramento de imagens de satélite, avaliando a saúde dos manguezais e a necessidade de uma gestão eficiente em relação a problemática dos resíduos sólidos.