O jambu (Acmella oleracea) e sua ação acaricida: estudo dos efeitos sobre a morfofisiologia dos sistemas reprodutores masculino e feminino de Amblyomma cajennense (Fabricius, 1787) (Acari: Ixodidae) a ele expostos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Anholeto, Luís Adriano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182269
Resumo: Os resultados obtidos no presente estudo tanto para as fêmeas, quanto para os machos de carrapatos Amblyomma cajennense confirmaram que o extrato etanólico bruto obtido a partir das flores, folhas e caule de Acmella oleracea tem potencial acaricida, informação esta que poderá futuramente ser utilizada na estratégia de controle desses ectoparasitas. Ficou aqui estabelecido a concentração letal de 50% (CL50) de 17,6335 mg/mL para as fêmeas semi-ingurgitadas, enquanto para os machos alimentados da mesma espécie esta foi de 29,4534 mg/mL. Quando expostos às concentrações de 6,2; 12,5 e 25 mg/mL do extrato etanólico de A. oleracea, os machos apresentaram danos morfológicos e ultraestruturais no seu sistema reprodutor, sobretudo nas células secretoras do complexo de glândulas acessórias. Para as fêmeas, quando estas foram expostas às concentrações de 3,1; 6,2 e 12,5 mg/mL, também foram observadas alterações no sistema reprodutor, que ocorreram principalmente nos ovócitos em estágios iniciais de desenvolvimento (I e II). Além disso, foram obtidos dados sobre a ação do análogo alcino do espilantol, que demonstraram que o mesmo foi capaz de reduzir a viabilidade e alterar a morfologia de duas linhagens celulares obtidas de embriões de Rhipicephalus microplus: BME/CTVM6, derivadas de carrapatos resistentes a organofosforados, organoclorados e amitraz, e BME/CTVM2, derivadas de carrapatos susceptíveis a acaricidas. Quando se estudou a ação da mesma molécula nas células BME/CTVM6 infectadas com Ehrlichia minasensis, verificou-se que houve redução de quase dois terços na porcentagem de células infectadas após a exposição ao produto. Os dados obtidos no presente estudo, sinalizaram que o uso do análogo alcino do espilantol também poderá ser uma estratégia promissora para uso no controle de carrapatos, bem como do controle de patógenos por eles transmitidos.