Alterações Metabólicas 6-11 anos pós nascimento em filhos de mães com síndrome metabólica na gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Camargo, Lucas Pontes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181392
Resumo: Objetivo: Avaliar a exposição à síndrome metabólica (SM) pré-gestacional e seus efeitos nos desfechos perinatais (crianças grandes para a idade gestacional, macrossomicos e nascimento pré-termo) e no risco a curto e longo prazo para o desenvolvimento de SM e repercussões metabólicas em filhos de população de baixa renda de mãe brasileira. Desenho do estudo: Esta análise não planejada e exploratória inclui uma coorte de pares de mães-filhos diagnosticados e tratados no Centro de Pesquisa em Diabetes Perinatal - Hospital Universitário da UNESP, Brasil, de 2004 a 2011. Este estudo avaliou mulheres com diabetes mellitus gestacional anterior e o risco de desenvolver diabetes tipo 2 após 6-11 anos após o parto e os dados foram coletados de fevereiro de 2016 a julho de 2018. Mães e bebês (n = 152) foram selecionados como pares e um estudo de acompanhamento foi conduzido como análise de dados secundários dos efeitos da síndrome metabólica pré-gravidez. Exames de acompanhamento, incluindo a materna e a prole, foram realizados entre 0 e 2 anos e entre 6 e 11 anos após o parto. Todas as análises foram realizadas usando o SAS para windows, v.9.4. Em todos os testes, foi utilizado o nível de significância de 5% ou o valor p correspondente. Resultados: A prevalência de SM pré-gravidez foi de 9,1%, contribuindo para a ocorrência de LGA, crinaças macrossômicos e prematuros ao nascer. Nossos resultados confirmaram que as mães com SM pré-gestacional apresentaram correlação (p <0,0001) entre a circunferência do quadril, a circunferência da cintura e o peso, levando diretamente a níveis mais elevados (p <0,05) de hipertensão quando comparados aos não-MetS mães. No estudo de acompanhamento mostrou que crianças de mães com idade gestacional pré-gestacional tinham obesidade abdominal aumentada de acordo com o escore z. As crianças que sofrem de síndrome metabólica entre 6 e 11 anos têm 2,09 vezes mais chances de ter obesidade de acordo com a circunferência da cintura (RR = 2,09; IC95% 1,32-3,31) e 51% de chance de serem obesas. Conclusões: A SM pré-gestacional tornou-se importante contribuinte para a ocorrência de desfechos adversos perinatais a curto e longo prazo em mães brasileiras de baixa renda.