Um olhar etnobotânico para os usos dos recursos vegetais dos terreiros de uma comunidade remanescente de quilombos do Vale do Ribeira, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Vasconcellos, Maíra Cesar [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93512
Resumo: O presente estudo objetivou caracterizar os terreiros, espaços que se localizam ao redor das casas, da comunidade remanescente de quilombos de Praia Grande, Iporanga, SP, realizando um levantamento etnobotânico das espécies vegetais, seus usos e sua importância social, cultural e econômica. Esta caracterização promoveu a reflexão e a discussão sobre o papel que estes espaços desempenham na vida da comunidade. A coleta de dados foi realizada em oito viagens para a comunidade no período de março de 2003 a dezembro de 2003, com duração média de dez dias. A metodologia utilizada consistiu em observações participante, entrevistas estruturadas (na forma de questionários) e não-estruturadas, registradas por meio de gravações (em fita cassete) e de anotações em caderneta de campo. Os depoimentos foram realizados com 12 mulheres e 1 homem, numa faixa etária variando de 41 a 80 anos. Para a coleta de material botânico das espécies úteis e anotação sobre seu(s) uso(s) foram realizados passeios livres pelos terreiros com os moradores. Buscou-se o conheciemtno que a comunidade possuía em relação à história do uso das plantas presentes nos terreiros. O material botânico coletado foi identificado e herborizado. O mesmo será depositado no Herbário da Unesp/ Departamento de Botânica - IB/ Botucatu, SP. Foram descritas 260 plantas, representadas por 73 famílias botânicas, sendo que 202 plantas identificadas até o nível de espécie, 42 até o gênero e 16 não puderam ser identificadas. A maior parte das espécies encontradas são cultivadas, exóticas (ocorrência fora da Mata Atlântica) e com hábito de crescimento herbáceo. A categoria de uso mais encontrada foi a alimentar (40,21 %), seguida pela medicinal (29,18 %) e pela ornamental (22,78 %). A categoria relacionada a outros usos, tais como madeira para lenha, planta para fazer sabão entre outras...